Roma, Ansa - O chanceler italiano, Franco Frattini, afirmou ontem (13) que o governo de seu país está "conduzindo uma batalha" para que o ex-ativista de esquerda Cesare Battisti "possa finalmente cumprir a pena à qual ele foi sentenciado". Battisti foi condenado à prisão perpétua pela Justiça italiana por quatro homicídios cometidos na década de 1970. No Brasil desde 2007, ele recebeu do governo brasileiro o status de refugiado político no último ano. Ainda em 2009, o seu caso foi analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que se posicionou a favor da extradição, como requere o Estado italiano. Na época, o Supremo decidiu ainda será o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quem dará o parecer final sobre o destino do ex-integrante do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC).
Frattini declarou ainda que os que cometeram crimes "devem ser entregues às autoridades", enfatizando que os "os anos de chumbo ainda estão muito próximos", pois, segundo ele, "aqueles que mataram dão aulas como mestres ou professores, sem pagar as contas com um passado que vê as vítimas do terrorismo pedirem justiça". O ministro falou sobre o caso de Cesare Battisti nesta quinta-feira durante a premiação Carlo Casalegno, distinção que recorda o repórter do jornal La Stampa, assassinado pelas Brigadas Vermelhas em 1976.
O italiano, por sua vez, aguarda a decisão de Lula no presídio da Papuda, em Brasília.
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