terça-feira, 4 de maio de 2010

Operação task force: situação continua grave no Brasil

Deputado Fabio Porta reforça as preocupações apresentadas em seu questionamento ao Ministro das Relações Exteriores
Os dados fornecidos pela Diretora Geral para os Italianos no Mundo do Ministério das Relações Exteriores, Ministra Carla Zuppetti, confirmam, segundo o Vice Presidente do Comitê Permanente da Câmara dos Deputados para os Italianos no Exterior, as preocupação apresentadas através de um específico questionamento parlamentar apresentado há poucos dias.

“As tabelas fornecidas pelo Ministério confirmam, aliás, reforçam a minha denúncia: apesar da ‘força tarefa’ ter sido pensada e financiada para reduzir o grande acúmulo de solicitações de reconhecimento da cidadania italiana (principalmente no Brasil), hoje, a situação continua grave e os desequilíbrios causados pela concentração do atraso estão ainda mais fortes. Não se trata de interpretação errônea dos dados! – acrescenta o parlamentar eleito na América Meridional . Os Consulados Italianos na Argentina despacharam quase 80% dos pedidos individuais que restavam em 31 de dezembro de 2008, enquanto as respectivas representações consulares no Brasil não conseguiram, no mesmo período, eliminar nem mesmo 30% do atraso”.
“A cada ‘novo cidadão’ italiano no Brasil, correspondem dois na Argentina o que confirma o aumento da disparidade entre os dois grande Países Sul Americanos, em relação à coletividade de origem italiana”.
“Para ser eficaz, a operação ‘força tarefa’ – continua o Deputado – deve concentrar-se e enfrentar as situações mais complexas e dificilmente resolvíveis com a administração habitual, que hoje não está mais em condições de garantir serviços eficientes e adequados àquela que poderia se considerar como a maior comunidade de ítalo-descendentes do mundo”.

“Durante a recente reunião do INTERCOMITES em Brasília e do Conselho Geral dos Italianos no Exterior em Roma, renovei tal apelo e reforcei a minha forte preocupação sobre o andamento da operação e sobre a lentidão de seus resultados no Brasil. Caso não se proceda imediatamente ao refinanciamento dos contratos com os digitadores nos consulados onde se concentra o maior acúmulo de processos, teremos perdido tempo e recursos preciosos”.
“Tudo isso – segundo o Deputado Porta – em um clima geral de crescente intolerância em relação à cidadania ‘ius sanguinis’, que os nossos Consulados na América do Sul, asfixiados pelas crescentes dificuldades econômicas encaram cada vez mais como um trabalho inútil e não como uma possível oportunidade de fortalecimento estratégico de nossa presença no continente”.

“Um clima que, as repetidas declarações do Sub Secretário Mantica, sempre pronto a zombar e denegrir as prementes solicitações de cidadania provenientes dos ítalo-descendentes, contribuíram para piorar – conclui o Deputado do PD – não ajudando, com certeza, a positiva finalização da força tarefa nem o início de uma serena e construtiva discussão sobre a nova lei da cidadania que deveria ser capaz de conciliar, de modo moderno, harmônico e inteligente, o ‘ius sanguinis’ com o ‘ius solis’”.


Redação revista eletrônica Oriundi
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