Hoje, 31 de agosto, o empresário piemontês Oscar Farinetti abrirá as portas de "Eataly", uma super loja gourmet de 6 mil metros quadrados situada em frente ao arranha-céus Flatiron, na esquina estratégica da Quinta Avenida com a rua 23.
"Não queremos que as pessoas só venham aqui para comer: queremos que elas provem coisas, que explorem e que façam compras", explicou Mario Batali, responsável pela cozinha do estabelecimento que, apesar de seu sobrenome, é filho de um engenheiro norte-americano da Boeing e de uma mulher britânica.
"Eataly" representa um investimento de US$ 25 milhões em todo o conceito de mega loja monotemática e terá sete restaurantes diferentes (600 mesas no total), um café aberto a partir das 7h da manhã, uma padaria, uma enoteca e um "beer garden" ao ar livre no terraço do último andar do prédio.
O estabelecimento terá também uma butique de acessórios de Alessi e Bialetti (as duas marcas mais famosas de cafeteiras italianas), uma livraria Rizzoli dedicada exclusivamente à culinária e até uma agência de viagens para quem não puder resistir à tentação de partir rumo à Itália.
Frente a este colosso comercial e culinário, Michael White, chef norte-americano educado na Itália, decidiu optar, em parceria com seu sócio Frank Bruni (ex-repórter gastronômico, estrela do New York Times), por uma estratégia oposta, ou seja, a diversificação das filiais.
No bairro Soho, que está muito na moda, White abrirá no outono (boreal) a "Osteria Morini", sua homenagem à culinária muitas vezes esquecida da Emilia Romagna, berço, entre outras especialidades, do lendário molho à bolonhesa.
O restaurante funcionará como uma propostra complementar aos restaurantes já abertos pela mesma equipe no mesmo bairro: "Convivio", especializado na cozinha meridional; "Alto", dedicado à cozinha do norte da península e "Marea", consagrado exclusivamente aos pratos de peixes e frutos do mar.
Estas novas propostas no coração de Nova York se somam, por sua vez, a outros restaurantes que já são considerados clássicos pelos fãs da Grande Maçã. As várias filiais do mítico "Cipriani", o "San Domenico" de Tony May e "Le Cirque" de Siro Maccioni, todos crescidos na reputação e no sucesso ao longo dos últimos 15 anos, ensinaram aos nova-iorquinos que a gastronomia italiana era algo mais sofisticado do que as pizzarias que invadiram a cidade.
"É muito simples: há 20 anos a comida italiana para um norte-americano eram os 'macaroni and cheese', os espaguetes com almôndegas e a pizza. Agora se identifica com o vinagre balsâmico, os vegetais caros como a rúcula e os pequenos tomates de San Marzano, depois de saborear um bom café expresso e um 'limoncello' gelado", resumiu Frederick Santoni, autor de um blog especializado.
Da www.ansa.it/www.italianos.it
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