Nápoles - O Conselho de Ministros da Itália, a cargo do premier Silvio Berlusconi, fará uma reunião de emergência, provavelmente amanhã, para discutir a situação de Nápoles, onde a população continua a se confrontar com as forças de ordem, em protestos contra um novo aterro sanitário. De acordo com um comunicado da presidência do Conselho, do encontro participarão as autoridades envolvidas, entre elas o subsecretário do governo Gianni Letta, o chefe da Defesa Civil Guido Bertolaso e o presidente regional da Campania (onde ficam a província e a cidade de Nápoles), Stefano Caldoro. Outros que deverão estar presentes serão os ministros GiulioTremonti (Economia e Finanças), Roberto Maroni (Interior) e Stefania Prestigiacomo (Meio Ambiente).
A situação continua tensa em Nápoles. Os moradores tentam impedir os caminhões de lixo de depositar os resíduos no aterro, enquanto as forças de ordem tentam furar os bloqueios. Desde o final de semana, confrontos ocorridos especialmente durante a noite têm deixado feridos e levado diversas pessoas à prisão.
A situação continua tensa em Nápoles. Os moradores tentam impedir os caminhões de lixo de depositar os resíduos no aterro, enquanto as forças de ordem tentam furar os bloqueios. Desde o final de semana, confrontos ocorridos especialmente durante a noite têm deixado feridos e levado diversas pessoas à prisão.
Em Terzigno, a cerca de 30 quilômetros da capital provincial, a população ainda atirava pedras e outros objetos contra as forças de ordem que escoltam os caminhões em direção ao aterro. Alguns dos materiais quebraram os vidros dos veículos e a polícia saiu atrás dos manifestantes, enquanto outros agentes removiam as barricadas colocadas na estrada. Durante a noite do dia 19 e dia 20, os confrontos dos últimos dias se intensificaram e as autoridades responderam com gás lacrimogêneo. Carros blindados foram atacados pelos manifestantes, que incendiaram um veículo da polícia depois de apedrejá-lo. "O presidente Berlusconi nos garantiu que a reunião do dia 21(ontem) do Conselho de Ministros iria tratar da emergência do lixo em Terzigno", adiantou o prefeito local, Domenico Auricchio, depois de se reunir em Roma com o premier e com Bertolaso. Fontes presentes ao encontro relataram que o primeiro-ministro prometeu ir a Terzigno assim que o caso fosse resolvido.
Também nas imediações de Nápoles, em Boscoreale, 20 caminhões de lixo escoltados pela polícia conseguiram depositar os resíduos em um aterro, enquanto cinco foram queimados pela população local. Outros 15 voltaram por uma estrada alternativa, sempre acompanhados pelas forças de ordem, que também foram atacadas. Os manifestantes quebraram vitrines de lojas e colocaram fogo em uma bandeira da Itália. Há suspeitas de que os distúrbios recentes na província italiana sejam provocados pela máfia local, a Camorra, que tem interesses econômicos relacionados à coleta de lixo na região.
Em 2008, outra crise fez com que 250 mil toneladas de dejetos permanecessem nas ruas de Nápoles, gerando um problema de saúde pública. Na época, o Exército foi chamado para conter os protestos. (ANSA)
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