Escândalo de sexo e abuso de poder ameaça acabar com carreira política. 'Eu não fujo, não renuncio', disse.
O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, reage no Palácio Chigi, em Roma, em 20 de janeiro.(Foto: Tony Gentile/Reuters)
France Presse - Quase metade dos italianos acredita que o chefe de Governo Silvio Berlusconi, envolvido no escândalo "Rubygate", deve renunciar, segundo uma pesquisa publicada pelo jornal Corriere della Sera. De acordo com a pesquisa, que ouviu 800 pessoas entre quarta-feira e quinta-feira, 49% dos italianos acreditam que o primeiro-ministro deve deixar o poder, contra 45% que pensam o contrário.
O jornal mais lido da Itália afirma que o resultado é determinado pela posição majoritariamente contra Berlusconi do eleitorado de centro, em particular do Futuro e Liberdade, o partido criado por Gianfranco Fini, ex-aliado e agora rival do 'Cavaliere'.
O novo escândalo de sexo e abuso de poder ameaça acabar com a carreira política do magnata dos meios de comunicação, acusado pela promotoria de Milão de ter pago por relações sexuais com uma menor de idade, conhecida como "Ruby", e de ter utilizado o cargo para evitar a detenção da jovem por um suposto roubo.
A questão judicial começou na segunda-feira passada, quando a promotoria entregou oficialmente ao Parlamento as atas, resumidas em 389 páginas, com as "numerosas provas" de que o chefe de Governo violou a lei contra a prostituição de menores e cometeu abuso de poder.
No sábado (22), Berlusconi reiterou em um discurso por telefone durante uma reunião de seu partido, Povo da Liberdade, que não pensa em renúncia.
"Eu não fujo, não renuncio", disse.
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