Roma - O Conselho de Ministros da Itália aprovou ontem (10), por unanimidade, um projeto de lei que visa reformar a Justiça do país. O texto, agora, será enviado ao Parlamento. O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, mostrou satisfação pela aprovação do projeto, e afirmou que o procedimento é de interesse geral de todos os cidadãos. "Esperava essa reforma há anos, desde quando comecei a me ocupar com política", comentou o chefe de Governo da Itália. Berlusconi explicou que o Conselho de Ministro vai apresentar dez leis ao Parlamento sobre a reforma judiciária. Segundo o premier, estas leis "já estão prontas". "Pela primeira vez na história da República, foi elaborado um texto de reformas constitucionais completo, orgânico, claro e convincente. Levaremos o texto ao Parlamento, que o discutirá e o aprovará", disse o premier. O ponto principal da reforma é a separação das carreiras de juiz e promotor, atualmente unidas. A dissociação implica na criação de um órgão especial para os promotores, distinto do dos magistrados. A reforma também prevê que os juízes sejam punidos por erros cometidos no desempenho de suas funções, segundo um método já existente na Itália para médicos e funcionários públicos. O projeto ainda propõe a criação de dois Conselhos Superiores da Magistratura (CSM), no lugar do único organismo existente atualmente, e o caráter não apelável de sentenças de absolvição plena.
imagem arquivo virtual Google
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