Lampedusa - O número de imigrantes ilegais que chegaram a ilha italiana de Lampedusa fugindo dos conflitos no norte da África chegou a 4.789, quase o mesmo número de moradores da ilha, que é de cerca de 5.000.
Nas últimas 24 horas, 13 embarcações levaram 1.470 imigrantes à cidade. Nas últimas horas, uma outra centena de cidadãos provindos da Líbia em dois barcos atracou no sul da costa da região de Catania. Efetivos dos carabineiros (polícia militar), militares da guarda costeira, membros da capitania do porto e da polícia do Estado realizam uma operação de identificação na costa sul da Itália e já identificaram 117 homens provenientes da Líbia.
Ontem, uma centena de moradores bloqueou o local comercial do cais e impediram que uma balsa que levava barracas e banheiros químicos aos imigrantes atracasse no porto.
Os manifestantes afirmavam que "Lampedusa não pode ser transformada em um campo de refugiados a poucos meses do início do verão".
Frente ao conflito na ilha, o ministro de Defesa da Itália, Ingazio La Russa, declarou que "a autoridade que deriva da Itália por sua participação na missão da ONU sobre a Líbia deve ser usada para pedis ao todos os Estados de dividirem com nós o peso do fluxo migratório, de milhares de pessoas que, em teoria, poderiam desembarcar clandestinamente, fugitivos, em nosso território".
Em entrevista ao Canal 5, da Itália, o alto funcionário do governo italiano afirmou que seu pedido "é importante". "Se não tivéssemos participado [da ofensiva militar na Líbia] seria menos importante", destacou.
O ministro italiano do Interior, Roberto Maroni, afirmou no fim da reunião do Conselho de Ministros que "foi decidido enviar logo o navio San Marco para Lampedusa para evacuar rapidamente os [imigrantes] clandestinos para dar uma resposta concreta à [situação] de emergência".
www.ansa.it/www.italianos.it
Nenhum comentário:
Postar um comentário