quarta-feira, 30 de março de 2011

Itália recusa idéia de armar rebeldes líbios

Roma - O Ministério das Relações Exteriores da Itália afirmou que a possibilidade da coalizão internacional armar os rebeldes na Líbia é "uma medida controversa".

"Armar os rebeldes seria uma medida controversa, uma medida extrema e, certamente, dividiria a comunidade internacional", disse o porta-voz da chancelaria italiana, Maurizio Massari, em entrevista a uma emissora de rádio local.

Para ele, armar os rebeldes não é "a solução ideal para acabar com os massacres da população civil". "Precisa pensar muito bem [nas opções], ficar atento", advertiu.

Segundo o porta-voz, a posição da Itália é a de usar "os instrumentos que estão à disposição, como a zona de exclusão aérea e os corredores humanitários".

Massari também destacou que, para um possível exílio do ditador líbio, Muammar Kadafi, é necessária uma "colaboração da União Africana".

De acordo com o porta-voz, o exílio não "significa impunidade, não é um salvo-conduto internacional". "Significa só que Kadafi pode deixar a Líbia para que se possa retomar, através de um cessar-fogo, o processo político", explicou.

A Chancelaria italiana também emitiu uma nota negando que o ministro Franco Frattini tenha criticado a reunião realizada ontem em Londres.

"Ressaltamos, ao contrário, os resultados positivos alcançados em Londres, como a afirmação compartilhada por todos os países da coalizão internacional sobre os princípios políticos da estratégia para a Líbia após o governo de Kadafi", diz o comunicado.
 
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