Roma - A Itália e a França assinaram ontem (8) um acordo para realizar um patrulhamento comum na costa dos dois países, a fim de interceptar barcos com imigrantes clandestinos.
O acordo foi firmado em um encontro entre o ministro do Interior da Itália, Roberto Maroni, e o da França, Claude Gueant.
De acordo com Maroni, para solicitar que a União Europeia (UE) adote medidas para conter a imigração, Itália e França concordaram com um "patrulhamento comum nas costas tunisianas para bloquear as partidas (de navios)".
O ministro também contou estar "satisfeito com o encontro" com Gueant, porque, "de uma crise, pode nascer uma iniciativa forte, comum e conjunta, como a que definimos hoje, para dar respostas concretas aos problemas que a Itália e a França enfrentam atualmente no tema da imigração".
O patrulhamento comum será realizado pela Frontex, a agência europeia para o controle das fronteiras.
No dia 7, o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, assinou um decreto que autoriza a concessão de vistos temporários a imigrantes do norte da África que fugiram de seus países por conta dos recentes conflitos políticos.
O anúncio foi feito pelo ministro italiano da Defesa, Ignazio La Russa, e não agradou ao governo francês, que teme uma onda de imigração, já que, com os vistos, os imigrantes poderiam circular pela UE.
A Itália, principalmente a ilha de Lampedusa, que fica ao sul do país, tem sido um dos principais destinos de cidadãos do norte da África que fogem dos recentes conflitos, como no Egito, Líbia e Tunísia.
O alto fluxo de imigrantes fez com que os centros de acolhimento de Lampedusa ficassem superlotados e faltassem alimentos.
Na semana passada, Berlusconi visitou o local e prometeu transferir os estrangeiros para outros centros do país, processo que já está em andamento.
Atualmente, há apenas 72 imigrantes na ilha. O grupo chegou depois de acordo firmado entre Itália e Tunísia sobre imigração e deve ser repatriado nos próximos dias.
Com informações da www.ansa.it/www.ansalatina.com.br
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