sábado, 25 de junho de 2011

Sarkozy e Berlusconi defendem mudanças adotadas pela UE sobre controle de fronteiras

Sarcozy após encontro da UE (foto AFP)

Bruxelas- À frente de países onde a questão da imigração é delicada, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, não demoraram a defender as mudanças nos controles fronteiriços anunciadas nesta sexta-feira pela União Europeia.

As mudanças reintroduzem controles internos de fronteiras "em situações realmente críticas, quando um Estado membro não seja capaz de cumprir suas obrigações em relação ao Acordo de Shengen" (relativo a imigrantes vindos de um terceiro país).

Segundo o documento resultante da reunião desta sexta, em Bruxelas, a medida será adotada com base em "critérios objetivos e uma avaliação comum", e valerá para um período limitado.

- Isto não põe em risco o princípio da liberdade de circulação (dos cidadãos europeus). Isto permite controlar essa liberdade de circulação - disse Sarkozy. - Se nada fosse feito, então sim, havia o risco de Schengen desaparecer.

Já Berlusconi vê as regras atuais de Schengen como um problema para a Itália, uma "porta de entrada" no continente. O governo italiano pediu ainda ajuda da UE para lidar com os imigrantes, a maior parte vindos de Tunísia e Líbia.

- Schengen precisa melhorar, tronar-se mais adaptado às necessidades dos cidadãos - disse Berlusconi.

Silvio Berlusconi (Reuters)

A decisão é uma tentativa de agradar tanto os países que vêm recebendo uma enxurrada de imigrantes ilegais - caso da Itália-, como aqueles que não querem ser afetados pela onda de estrangeiros invadindo vizinhos do bloco - França, por exemplo.

O acordo de Schengen, assinado em 1985, abole o controle de passaporte na fronteira entre os países signatários. Fazem parte dele 28 países, a maioria da UE (ficam de fora Reino Unido, Irlanda e Chipre), além de alguns outros como Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein.

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