terça-feira, 6 de setembro de 2011

E a dieta mediterrânea?

Por Paola Mariano - Roma -  A mesa dos italianos está cada vez mais longe da dieta mediterrânea que consagrou o "Bel Paese" na gastronomia mundial, enquanto que um ingrediente se impõe com força na hora de comer - o excesso, praticado especialmente pelas crianças, que se continuarem por este caminho, serão os futuros obesos.            Porções mais exageradas, algo típico da globalização - pois não fazem parte da tradicional cozinha italiana -, e alimentos light são as novas características da culinária italiana que, pouco a pouco, dá "adeus" à cozinha mediterrânea, caracterizada pela moderação, variedade e saúde, explicou à ANSA o nutricionista Gianvincenzo Barba, do Instituto de Ciências da Alimentação do CNR (Conselho Nacional de Pesquisas, da sigla italiana) de Avellino.

     "As crianças de hoje são cada vez mais tiranas e querem escolher o que comer. Assim, diante da rendição de seus pais, fazem escolhas erradas e tendem a optar por alimentos pouco nutritivos e cheios de gordura e açúcares simples, como os lanches. Estas crianças acabarão se esquecendo da nossa tradição gastronômica e serão os obesos e os doentes do amanhã", alertou Barba.

     O especialista lembrou que até 2050 se espera uma epidemia de diabetes no país, que atingirá um italiano em três.

     "Os excessos alimentares estão ligados principalmente à alta disponibilidade da comida típica dos países ricos. Independentemente da sazonalidade, hoje nos supermercados podemos encontrar de tudo em qualquer época do ano", observou ele.

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