Muitos desses documentos, que reúnem denúncias feitas durante o regime militar por parentes de italianos ou ítalo-argentinos sequestrados, estão na Embaixada peninsular de Buenos Aires e, segundo um acordo bilateral assinado em junho passado, serão entregues às autoridades locais.
"Julguei ser importante estar aqui para ver tudo o que aconteceu há alguns anos", disse o diplomata à ANSA ao término na visita. Trata-se de "dar um testemunho pessoal", em coincidência com "o acordo sobre os documentos", acrescentou.
Ramón Torres Molina, presidente do Arquivo da Memória, que recebeu La Tella na sede da instituição - que funciona no prédio da ex-Escola de Mecânica da Marinha (Esma), símbolo dos crimes contra a humanidade da ditadura -, destacou o "alto valor simbólico" da transferência dos documentos e da visita do diplomata.
"A entrega dos arquivos, de alto valor simbólico, reflete a atitude da Itália de colaborar para esclarecer as graves violações dos direitos humanos cometidas na Argentina", comentou Torres Molina para a ANSA.
O funcionário, um advogado com longa experiência na defesa dos Direitos Humanos, também explicou que antes da entrega dos documentos para o Arquivo, é preciso que "organismos italianos dêem conformidade" sobre a "privacidade" de tais documentos.
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