quinta-feira, 31 de maio de 2012

Terremoto compromete produção de vinagre balsâmico

Modena - O terremoto do dia 29  na Emilia Romagna, muito mais do que o do último domingo (20), atingiu duramente as fábricas do Vinagre Balsâmico Tradicional DOP e todo o setor do Vinagre Balsâmico de Modena IGP. 


      A indústria do Vinagre Balsâmico de Modena - tradicional e não - reportou  grandes prejuízos financeiros devido ao vazamento do produto e aos danos nas instalações e estruturas produtivas, por um valor que o Consórcio estima em cerca de € 15 milhões já a partir dos primeiros abalos sísmicos registrados na madrugada do último dia 20.

      Entre os produtores mais atingidos está Pontirol, a fábrica de vinagre balsâmico com sede em San Felice sul Panaro (Modena). "A fábrica foi praticamente destruída", relatou o presidente de Aceto Balsamico Tradizionale Enrico Corsini, convencido de que os novos tremores  na Emilia Romagna vão ''colocar de joelhos toda a economia, ao que se soma a angústia para as 200 empresas do ramo pela incerteza sobre quando será possível voltar a trabalhar".

     Ao norte de Modena, onde a série de terremotos foi mais forte, há uma dezena de produtores do famoso Vinagre Balsâmico de Modena IGP, incluindo as três maiores empresas produtoras, e muitas outras fábricas de Vinagre Balsâmico Tradicional de Modena DOP. ''Elas se concentram entre Cavezzo e Mirandola, os municípios mais próximos do epicentro'', lamenta Corsini. 

     No que se refere ao Vinagre Balsâmico de Modena IGP, alguns grande tanques sofreram "danos graves, com perdas substanciais do produto, que excedem os 100 mil litros", informa o Consórcio.

     Já no domingo (20), destaca ainda o presidente do Consórcio Aceto Balsamico di Modena e diretor do Consórcio Tutela Aceto Balsamico Tradizionale di Modena, Cesare Mazzetti, "muitíssimas 'baterias' - as filas ordenadas de pequenos barris de dimensões decrescentes em que o produto fermenta por pelos menos 12 longos anos, foram abaladas ou derrubadas. A frequência das oscilações moveu os aros metálicos que fazem com que as ripas de madeira segurem o produto, provocando numerosos vazamentos do líquido precioso, cujo valor de mercado oscila de € 500 a € 1500 por litro. De pouca valia foi a rápida intervenção dos proprietários destas fábricas, dificultada ainda mais pelo fato dos locais de armazenamento ficarem em sótãos de casas muito antigas, mais sujeitos a danos e rachaduras".

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