Cidadania aos filhos de imigrantes: favoráveis PD, UDC e IDV. Contrário o PDL.

"Precisamos de uma política voltada às famílias, porque a população da Itália só cresce por causa dos imigrantes", diz Casini

A proposta de conceder a cidadania italiana aos filhos de imigrantes nascidos no país, defendida pelo secretário nacional do PD, Pier Luigi Bersani, encontra parecer favorável inclusive do líder do partido UDC, Pier Ferdinando Casini. "Precisamos de uma política voltada às famílias, porque a população da Itália só cresce por causa dos imigrantes. Sou favorável à concessão da nacionalidade italiana para quem nasce no país”, afirma Casini.

"Regra de civilidade”
"Atualmente, os partidos PDL e Liga Norte, que são a maioria no Senado, impedem a aprovação de uma lei que confira a cidadania aos filhos de imigrantes nascidos em solo italiano, mas na próxima legislatura este deverá ser um dos primeiros temas a serem abordados pelo governo, seja qual for a composição de sua maioria”, afirma o senador  Felice Belisario,  do partido Itália dos Valores. “Ainda hoje, os delírios de alguns membros do PDL mostram o atraso de uma parte da classe dominante italiana em relação ao restante do país. Conceder a cidadania é uma regra de civilidade que, junto com tantas outras em matéria de reconhecimento de direitos, como o casamento entre homossexuais  e uma lei sobre o testamento biológico, nos tiraria da Época Medieval”, disse.

“A lei já existe, basta votá-la”
"Fizemos do direito à cidadania italiana para os filhos de imigrante nascidos na Itália a bandeira do nosso partido durante esta legislatura”, afirma Fabio Granata, do Futuro e Liberdade. “Se Casini e Bersani forem coerentes, a lei Sarubbi-Granata sobre a reforma da lei de cidadania está pronta para ser votada, com uma maioria  possível. Seria um grande sinal de civilidade e a norma mais importante  desta legislatura”, afirma.

"Não à demagogia multicultural"

"É uma loucura pensar em dar a nacionalidade italiana a todos com o princípio “ius soli”. A cidadania deve ser uma escolha consciente, resultado da aceitação dos princípios de tolerância, de respeito dos direitos de mulheres e crianças. Justamente nestes dias de revolta fundamentalista, é preciso combater a demagogia multicultural”, afirma o presidente do PDL no Senado, Maurizio Gasparri.

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