terça-feira, 30 de outubro de 2012

Escolas italianas: 756 mil alunos são filhos de imigrantes

altEstudantes estrangeiros são quase 9% da população escolástica do país. Ritmo de crescimento volt a acelerar.

O ritmo de crescimento de alunos estrangeiros nas escolas italianas volta a acelerar. O aumento deve-se, principalmente, à segunda geração de imigrantes, ou seja, ao número de crianças nascidas na Itália, filhas de pais estrangeiros.

É o que revela o último relatório “Alunos com cidadania não-italiana no sistema escolar italiano”, divulgado recentemente pelo Ministério da Instrução. No ano letivo 2011/2012, o número de alunos com passaporte estrangeiro era de 755.939, o que representa 8,4% do total de estudantes do país.

Com relação ao ano letivo anterior, houve um aumento de 45.676 alunos, ou seja, 6,4% de estrangeiros a mais. Trata-se de uma inversão de tendência, já que nos últimos anos o aumento de estudantes imigrantes estava mais lento (em 2010/2011, o aumento foi de 5,4%).

“O crescimento deve-se principalmente à quantidade de crianças nascidas na Itália, mas que não têm a cidadania italiana e não a novos fuxos de imigração. De fato, 44% dos estudantes estrangeiros (334.284 alunos) nasceram na Itália”, diz o texto.

O relatório mostra ainda que as escolas italianas contam com estudantes de mais de 200 nacionalidades. Em nível nacional, a comunidade com maior presença é a romena, com 18% de todos os alunos estrangeiros, seguida pela albanesa, com 13%, e a marroquina, com 12%. A concentração de comunidades, entretanto, varia conforme a região do país.

As regiões italianas mais industrializadas e, portanto, com maior oferta de trabalho, são a que apresentam um maior número de estudantes não italianos: 25% dos estudantes estrangeiros vivem na Lombardia (que conta com 185 mil alunos imigrantes); seguida pelo Vêneto, com 89 mil; Emilia Romagna, com 87 mil; e Lázio, com 72 mil. As últimas são as regiões Molise, com 1.600 alunos estrangeiros, e Valle D’Aosta, com 1.500.

O relatório desmente alarmes sobre eventuais formações de ‘escolas guetos’. Em nível nacional, o percentual de classes com mais de 30% de alunos estrangeiros é de cerca de 5% do total. Se considerados os estrangeiros nascidos na Itália, o percentual cai para 1,7%.


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