Estudantes estrangeiros são quase 9% da população escolástica do país. Ritmo de crescimento volt a acelerar.
O ritmo de crescimento de alunos estrangeiros nas escolas italianas
volta a acelerar. O aumento deve-se, principalmente, à segunda geração
de imigrantes, ou seja, ao número de crianças nascidas na Itália, filhas
de pais estrangeiros.
É o que revela o último relatório “Alunos com cidadania não-italiana no
sistema escolar italiano”, divulgado recentemente pelo Ministério da
Instrução. No ano letivo 2011/2012, o número de alunos com passaporte
estrangeiro era de 755.939, o que representa 8,4% do total de estudantes
do país.
Com relação ao ano letivo anterior, houve um aumento de 45.676 alunos,
ou seja, 6,4% de estrangeiros a mais. Trata-se de uma inversão de
tendência, já que nos últimos anos o aumento de estudantes imigrantes
estava mais lento (em 2010/2011, o aumento foi de 5,4%).
“O crescimento deve-se principalmente à quantidade de crianças nascidas
na Itália, mas que não têm a cidadania italiana e não a novos fuxos de
imigração. De fato, 44% dos estudantes estrangeiros (334.284 alunos)
nasceram na Itália”, diz o texto.
O relatório mostra ainda que as escolas italianas contam com estudantes
de mais de 200 nacionalidades. Em nível nacional, a comunidade com
maior presença é a romena, com 18% de todos os alunos estrangeiros,
seguida pela albanesa, com 13%, e a marroquina, com 12%. A concentração
de comunidades, entretanto, varia conforme a região do país.
As regiões italianas mais industrializadas e, portanto, com maior
oferta de trabalho, são a que apresentam um maior número de estudantes
não italianos: 25% dos estudantes estrangeiros vivem na Lombardia (que
conta com 185 mil alunos imigrantes); seguida pelo Vêneto, com 89 mil;
Emilia Romagna, com 87 mil; e Lázio, com 72 mil. As últimas são as
regiões Molise, com 1.600 alunos estrangeiros, e Valle D’Aosta, com
1.500.
O relatório desmente alarmes sobre eventuais formações de ‘escolas
guetos’. Em nível nacional, o percentual de classes com mais de 30% de
alunos estrangeiros é de cerca de 5% do total. Se considerados os
estrangeiros nascidos na Itália, o percentual cai para 1,7%.
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