sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Bersani: "Cidadania aos filhos de imigrantes", Renzi: "Mudar a lei Bossi-Fini"

altOs pré-candidatos a premier pelo PD falam sobre imigração durante debate televisivo

A questão da imigração também esteve no debate televisivo entre Pier Luigi Bersani e Matteo Renzi, finalistas da convenção nacional do Partido Democrático que irá eleger o candidato à primeiro-minitro do país no próximo ano. Questionados pela jornalista Monica Maggioni, durante o programa transmitido na última quarta-feira pela Rai, ambos prometeram reformas legislativas relativas à imigração.

“Clandestinos ou imigrantes irregulares, como vocês os chamam? Para vocês, a imigração é um problema de segurança ou uma oportunidade?" perguntou a jornalista.

"É preciso evitar que os imigrantes se tornem clandestinos. Ao tratarmos a questão da regularidade aos trancos, como fizemos ao longo dos anos, acumulamos uma enorme irregularidades e, portanto, temos que nos colocar na posição de um país civilizado, que regula os fluxos migratórios e dá direitos de cidadania quando é o momento, para integrar realmente. Em suma, fazer as coisas que têm feito os países com experiências deste tipo. Chegará a hora em que iremos refletir sobre os afogados no mar Mediterrâneo e sentiremos vergonha. Este momento vai chegar", disse Bersani.

Em outro momento do confronto, Bersani reiteirou que a reforma da lei cidadania será uma das primeiras coisas que fará se for eleito: "Um jovem ou uma jovem filha de imigrantes que estudam aqui, estudam com nossos filhos, são italianos, na minha opinião, desde o primeiro dia."

"Concordo com o secretário, disse o prefeito de Florença. Nós os chamamos de migrantes e também dizemos que as leis deste país são absurdas. Você sabia que uma empresa que lida com moda na Itália, em Florença, não pode escolher um designer, ou uma escola de formação não pode convidar talentos estrangeiros por causa da Lei Bossi-Fini? A primeira coisa a ser feita é mudar a Bossi-Fini. E é preciso ser capaz de fazer isso rapidamente", disse Renzi.

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