quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Italianos cada vez mais saudáveis

Roma - A crise econômica talvez teve um efeito positivo. Os desperdícios de comida diminuíram, e isso resultou em algo inesperado: pela primeira vez o peso corporal dos adultos italianos chegou a números mais saudáveis, a prática desportiva aumentou e não se pulam refeições. Estes são alguns dos dados apresentados hoje em Florença durante o 15º Curso Nacional da Associação de Dietética e Nutrição Clínica (ADI).

      O estudo analisou cerca de 10 mil pessoas só no ano passado, em um total de 35 mil entrevistas em quatro anos.

      ''Pela primeira vez surge uma tendência positiva, em resposta às muitas campanhas de sensibilização: cresce a porcentagem das pessoas com peso normal - atualmente em 54,2%, contra os 51% em 2010 e 53% em 2011. Ainda é alta a porcentagem das pessoas com excesso de peso ou obesidade: 43,4%, mas abaixo dos 46% de 2010 e dos 44% de 2011. Diminuem também as pessoas abaixo do peso, que hoje são 2,4%'', afirmam os responsáveis pelo estudo.

      Os dados são promissores também em relação ao estilo de vida: ''Diminuiu o percentual de sedentarismo, de 37% para 35%, e aumentou o número de pessoas que fazem atividades físicas. No entanto, as mulheres, no geral, continuam mais preguiçosas do que os homens: 24% praticam algum desporto, contra 40% dos homens''.

      Outra prova dessa tendência positiva ''é também a maior consciência da importância dos bons hábitos à mesa: aumentam aqueles que seguem a 'regra das cinco refeições', particularmente entre as mulheres e as pessoas abaixo de 45 anos: quatro de cada 10 fazem um lanche de manhã e cinco sobre 10 à tarde''.

      ''A maiores daqueles que fazem as refeições principais e lanches têm peso normal, diz Giuseppe Fatati, presidente da Fundação ADI. Isto indica o quanto é importante seguir um estilo alimentar que não sacrifique nenhum alimento e que considere a  ingestão calórica e nutritiva no contexto da dieta diária''. No entanto, ainda persistem maus hábitos: 36% dos italianos não vivem as refeições como um momento de convívio, e três a cada quatro comem diante da TV, principalmente os jovens entre 18 e 34 anos (80%).

      ''Um dos pontos em que é preciso trabalhar, acrescenta Fatati, é justamente o conceito de convívio. As refeições rápidas, que duram menos de 15 minutos, são muito frequentes. Para muitos, o consumo de pizza é uma oportunidade para socializar no fim de semana, mas, na verdade, a pizza, não importa quão boa e nutritiva seja, muitas vezes é um prato de consumo rápido".

       "Deve ser portanto construído o valor da convivência e do momento à mesa, um ato que requer o seu tempo e que atribui valor aos alimentos e à nutrição", conclui Fatati.


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imagem arquivo virtual Google

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