Roma - O barítono brasileiro Paulo Szot obteve um notável triunfo pessoal ao estrear esta semana no Teatro Costanzi de Roma a ópera "O Nariz" de Dmitri Shostakovich, dirigida por outro latino-americano, o argentino Alejo Pérez, cuja careira também está em ascensão.
Szot, que ganhou fama mundial cantando em comédias musicais da Broadway (por dois anos e meio interpretou "South Pacific" de Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II), já havia interpretado "O Nariz" em 2010 no Metropolitan de Nova York, sob a batuta de Valery Gergiev.
"É uma partitura dificílima, que estudei por mais de um ano. Desde então, tento enfatizar as múltiplas nuances com as quais Shostakovich construiu o personagem de Kovalyov, o homem em crise por ter perdido o nariz que, na ópera, ganha uma humanidade ausente na corrosiva história de Gogol", comentou Szot.
Nascido em São Paulo de uma família polonesa radicada no Brasil após a Segunda Guerra Mundial, Szot nem pensava no canto lírico quando retornou para a terra de seus antepassados para aperfeiçoar sua técnica como bailarino.
"Uma lesão no meu joelho interrompeu meu sonho de ser um astro do balé e acabei fazendo a opção de corista para não ficar longe dos palcos. No entanto, em vez de integrar o coro me encaminharam para uma carreira de barítono, que me deu muitas satisfações", disse ele.
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