segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Centro-esquerda lidera eleição italiana, diz boca de urna


Do G1, em São Paulo

A centro-esquerda italiana, liderada por Pier Luigi Bersani, recebeu 34,5 % dos votos para a eleição da Câmara dos Deputados e 37% no Senado, de acordo com pesquisa realizada pela emissora de TV "SkyTG 24" por telefone após o encerramento da votação, nesta segunda-feira (25). De acordo com a emissora, a esquerda também conquistaria a maioria no Senado, com 163 cadeiras, cinco a mais que as 158 necessárias para ter maioria.

O partido centrista, do atual premiê tecnocrata Mario Monti, ficou com 9,5 % na Câmara e 9% no Senado, de acordo com a pesquisa.

 
 
 Pier Luigi Bersani chega para votar neste domingo (24) em Piacenza (Foto: AFP)
Pier Luigi Bersani chega para votar neste domingo (24) em Piacenza (Foto: AFP)
 
Segundo a RAI, a esquerda conquistaria na Câmara dos Deputados entre 36% a 38% dos votos, contra 30% a 32% da direita.

Todas as pesquisas atribuem ao Movimento Cinco Estrelas, do humorista Beppe Grillo, que canaliza a revolta dos jovens e desempregados, quase 20%, um resultado histórico, que a transformaria na terceira força política da Itália.

A coalizão de centro do atual primeiro-ministro Mario Monti ficaria em quarto lugar, com 10% dos votos.

As primeiras projeções, baseadas em resultados e não pesquisas, serão disponíveis nas próximas horas.

As leis eleitorais da Itália garantem uma forte maioria na Câmara ao partido ou coligação que obtém a maior parte dos votos nacionais.

No entanto, o Senado, eleito região a região, é mais complicado e o resultado pode virar em algumas regiões, especialmente na Lombardia, no rico e industrial norte, e na Sicília, no sul.

A Itália, terceira maior economia da zona do euro, é fundamental para a estabilidade na região como um todo. O período de maior perigo para o euro foi quando os custos de empréstimos de Roma entraram numa espiral fora de controle, no final de 2011.
A campanha eleitoral foi marcada na maior parte pelas questões econômicas e acompanhada de perto pelos mercados financeiros, preocupados com o risco de um retorno de crise da dívida que deixou a zona euro à beira do desastre e levou o primeiro-ministro tecnocrata Monti ao cargo em 2011.
 
 

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