Schettino está sendo julgado por homicídio e por ter abandonado o barco durante o naufrágio de janeiro de 2012, ocorrido depois de ele levar a embarcação até uma área rasa e rochosa na costa da ilha de Giglio.
Ele admitiu que, como capitão do navio, teve parte da responsabilidade, mas disse que recusa a culpa integral. Seus advogados dizem que a empresa Costa Cruzeiros, dona do navio, também é responsável.
O advogado de Schettino, Domenico Pepe, disse ao tribunal que nenhuma das 32 mortes foi causada diretamente pelo impacto com as rochas e que eventuais defeitos no navio devem ser investigados mais minuciosamente antes que o casco seja erguido.
"As pessoas morreram mais de duas horas depois do impacto", disse Pepe no tribunal. "Como podemos saber a verdade sobre essas mortes se não fizermos verificações no naufrágio antes que ele seja colocado de pé?"
Entre os aspectos a serem periciados estão a vedação das portas, os geradores de emergência que, segundo o advogado, não funcionaram, impedindo a operação de elevadores, e os botes salva-vidas.
O acidente com o Concordia motivou uma caótica operação noturna para o resgate de mais 4 mil passageiros e tripulantes que estavam a bordo do navio de 951 pés (290 metros), cujo casco continua tombado sobre as rochas ao lado do porto de Giglio.
As autoridades locais não se opõem à nova perícia, mas querem que ela seja feita assim que possível para que a embarcação possa ser removida.
"Cada dia que passa com o Concordia em frente à ilha aumenta o dano a Giglio", disse ao tribunal o advogado do município, Franco Maria Lecci.
Equipes especializadas se preparam para endireitar o casco em setembro, para que ele possa ser trazido à tona e rebocado no primeiro semestre de 2014.
Mas o tribunal na localidade de Grosseto não planeja tomar nenhuma decisão sobre a nova perícia antes da próxima audiência, em 23 de setembro, quando ouvirá os peritos que participaram da investigação inicial.
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