Milhares de profissionais fizeram paralisação pelo país nesta segunda (22).
Protesto aumenta pressão sobre governo do primeiro-ministro Enrico Letta.
Cartaz
que diz 'Pare corte de recursos ao serviço da saúde' é exibido durante
protesto em frente ao Ministério da Economia, em Roma, do qual
participaram cerca de cem médicos (Foto: Alessandro Bianchi/Reuters)
Milhares de médicos entraram em greve por toda a Itália nesta
segunda-feira (22) para protestar contra cortes no serviço de saúde no
país, aumentando a pressão sobre o governo do primeiro-ministro Enrico
Letta, que busca novas maneiras de reduzir gastos.
Em Roma, cerca de cem médicos que participaram da greve de quatro horas
se reuniram em frente ao Ministério da Economia, agitando faixas e
exigindo mais recursos públicos para o sistema de saúde.
"Queremos defender um serviço público que está cada vez mais
empobrecido e não é mais capaz de garantir cuidado adequado ao povo",
disse Massimo Cozza, chefe do braço médico do maior sindicato da Itália,
o CGIL, que participou do protesto no ministério.
Ele disse que o serviço de saúde pública italiano tinha atingido "os
limites da sobrevivência", como resultado dos cortes de gastos e dos
congelamentos de contratações ligados às medidas de austeridade
federais.
O governo passado, de Mario Monti, introduziu uma série de cortes de
gastos e aumentos de impostos depois de chegar ao poder no auge de uma
crise financeira, em novembro de 2011, buscando escorar as finanças
públicas e controlar a dívida da Itália.
O governo de Letta, que assumiu o cargo em abril deste ano, está
preparando retomar os cortes de gastos para que possa reduzir os
impostos em uma tentativa de incentivar o crescimento.
Milhares de intervenções cirúrgicas planejadas e consultas a
especialistas serão adiadas por causa da greve, mas os serviços de
emergência não serão prejudicados, segundo o site do CGIL.
Médico
que participa de manifestação desenrola banner durante protesto em
frente ao Ministério da Economia italiano, em Roma, nesta segunda-feira
(22) (Foto: Alessandro Bianchi/Reuters)
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