terça-feira, 20 de agosto de 2013

Kyenge quer mudanças na lei de imigração da Itália

A ministra da Integração da Itália, Cecile Kyenge (foto: ANSA)
A ministra da Integração da Itália, Cecile Kyenge (foto: ANSA)
 
Roma - A ministra da Integração da Itália, Cecile Kyenge, afirmou ontem, dia 19, que a lei italiana sobre a imigração - chamada de "lei Bossi-Fini" - deve "ser revista porque é necessário ter uma abordagem baseada no indivíduo".

    "Eu acredito que a população desse país no final escolherá a estrada mais justa", afirmou Kyenge, que defende a inserção na lei italiana do princípio do "ius soli", que permite a obtenção automática da cidadania para todos os filhos de estrangeiros que nascem no território da Itália. Segundo a ministra, a única forma de sair da crise é "apoiar um processo democrático e de paz que atue em nível internacional, sob um perfil de políticas em favor da democracia, e para acolher [os imigrantes] não somente na Itália, mas em toda a Europa". "Esse é um percurso que se faz junto com as pessoas que pensam de forma diferente, e por isso teremos a possibilidade de sentar todos em volta da mesma mesa, onde cada um poderá dizer sua opinião", destacou Kyenge.

    Cecile Kyenge, médica oftalmologia italiana nascida na República Democrática do Congo, é a primeira ministra negra da história do país, nomeada pelo premier Enrico Letta em março de 2013. Membro do Partido Democrático (PD), a ministra destacou sua agenda política propondo mudanças na legislação italiana que disciplina a imigração, sendo por isso hostilizada por setores de extrema-direita e partidos xenófobos. Nas últimas semanas, o ex-ministro do governo de Silvio Berlusconi, Roberto Calderoli, chegou a comparar Kyenge a um "orangotango" e um homem lançou bananas contra um palco onde a ministra estava realizando um comício durante a festa do PD.


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