terça-feira, 26 de novembro de 2013

Letta defende 'guerra' contra agressões às mulheres


  Letta afirmou que será preciso uma mudança de mentalidade no país (foto: ANSA)
Letta afirmou que será preciso uma mudança de mentalidade no país (foto: ANSA)
 
 
São Paulo - Com uma fita vermelha presa na lapela, o premier italiano, Enrico Letta, concedeu uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (25), Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, e prometeu uma "guerra" para combater esse tipo de agressão no país. "A violência contra as mulheres é filha de legados psicológicos e de atitudes coletivas e individuais que, infelizmente, ainda estão presentes na Itália", afirmou.

    Recentemente, o país aprovou uma lei conhecida como "femminicidio", que aumentou as penas para os homens que abusam de suas parceiras. A nova legislação prevê a prisão obrigatória em caso de flagrante de delitos como maus-tratos familiares e perseguição. No entanto, segundo Letta, a existência de normas rígidas não basta, é preciso também garantir que elas sejam aplicadas e prevenir que tais crimes aconteçam. "Essa é uma batalha cultural. Sei muito bem que tudo passa por uma mudança de mentalidade nos homens. Queremos que se levante a voz sobre esse tema. Mas eu estou convencido de que essa batalha será vencida", acrescentou.

    Brasil - Já a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, usou o seu twitter para manifestar-se sobre o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher. No microblog, a mandatária escreveu que, graças à luta feminina, o país está mudando, e que combater os crimes contra as mulheres é condição para ter uma nação "mais justa, cidadã e igualitária".

    "A violência contra a mulher envergonha a sociedade que, infelizmente, ainda é sexista e preconceituosa. É uma forma de preconceito do 'mais forte' contra a mulher, apenas pelo fato de ser mulher", disse a presidente, destacando a importância da Lei Maria da Penha. Dilma também afirmou que a criação das Casas da Mulher é o caminho para garantir um combate permanente e sistemático contra esse tipo de violência.

    A iniciativa vai oferecer dentro do mesmo local diversos serviços de atendimento à mulher, como delegacia, defensoria pública, Ministério Público e auxilio psicossocial. (ANSA)


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