Desde a criação da categoria, dez filmes italianos levaram a estatueta.
Neste ano, país concorre com o favorito 'A grande beleza', de Sorrentino.
Nenhum país supera a Itália no Oscar de melhor filme estrangeiro. Foram dez estatuetas desde 1957, quando o prêmio foi entregue pela primeira vez.
Mas já faz 15 anos que a terra dos celebrados cineastas Federico
Fellini e Vittorio De Sica amarga um jejum. A última vitória de uma
produção italiana veio com “A vida é bela”, em 1999. Pois essa situação
tem chance de acabar justamente em 2014: “A grande beleza” é forte
concorrente na cerimônia da Academia de Artes e Ciências
Cinematográficas de Hollywood deste ano, que acontece em 2 de março.
O longa de Paolo Sorrentino saiu-se bem em algumas das chamadas
“prévias do Oscar”. Levou, por exemplo, o Globo de Ouro, deixando para
trás o francês “Azul é a cor mais quente” e o dinamarquês “A caça”,
entre outros.
No Oscar, além de “A caça”, terá como adversários “Alabama Monroe”
(Bélgica), “The missing picture” (Camboja) e “Omar” (Palestina). Entre
os rivais do italiano, apenas a Dinamarca já foi premiada antes – 3
vezes. Reino Unido não entra na conta, já que o nome original da
categoria é Filme em Língua Estrangeira – não inglesa, portanto.
Recentemente, “A grande beleza” faturou também o Bafta, uma espécie de
Oscar britânico. Ao todo, o longa de Sorrentino recebeu até aqui 21
prêmios, de acordo com o portal IMDb. O fato de o filme estar entre as
apostas do Oscar aponta o fim da “má fase”. Fazia oito anos que a Itália
não era sequer indicada. A última tentativa havia sido em 2006, com
“Segredos do coração”, de Cristina Comencini. Acabou perdendo para o
sul-africano “Infância roubada”.
O trabalho de Sorrentino é apontado como assumidamente inspirado no
conterrâneo Federico Fellini, o cineasta com a maior quantidade de
produções que levaram o Oscar estrangeiro – e único a ter levado quatro
estatuetas. “A grande beleza” conta a história de Jeb Gambardella (Toni
Servillo), escritor que conheceu o sucesso instantâneo em sua primeira
obra, mas que se tornou um “mundano exemplar” nas décadas seguintes.
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