Dois fuzileiros italianos estão sendo acusados na Índia
Militares italianos Massimiliano Latorre e Salvatore Girone (foto: ANSA)
Roma - O primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta, criticou
nesta segunda-feira (10) as autoridades indianas por proporem a
aplicação da pena contra crimes de terrorismo e pirataria a dois
fuzileiros navais italianos presos desde 2012 no país.
"É inaceitável a acusação proposta pelas autoridades indianas. O uso
do conceito de terrorismo será rejeitado. A Itália e a União Europeia
reagirão", disse o premier em seu perfil no Twitter, comentando o pedido
da Procuradoria da Índia de aplicar a lei antiterrorismo contra os dois
italianos.
A Procuradoria, porém, pede a aplicação da lei em uma versão "mais
leve", ou seja, sem a possibilidade de pena de morte. Dessa forma, os
militares poderiam pegar até 10 anos de prisão.
Em um comunicado, o governo italiano também rejeitou a acusação,
afirmando que a "aplicação da lei antipirataria é absolutamente
incompreensível. A Itália não é um país terrorista", afirmou a nota.
A ministra das Relações Exteriores da Itália, Emma Bonino, disse que a
atitude da Índia significa que o país considera "a Itália um Estado
terrorista". A chanceler cogitou ainda levar o caso aos tribunais das
Nações Unidas.
Por sua vez, o vice-presidente da Comissão Europeia, Antonio Tajani,
também garantiu que "fará de tudo" para que a União Europeia apresente
uma forte reação ao caso, em apoio à Itália.
A Suprema Corte de Nova Delhi marcou para o próximo dia 18 de
fevereiro uma audiência para examinar o recurso judicial do governo
italiano. O ministro italiano da Defesa, Mario Mauro, está na Índia
para acompanhar o caso.
Os dois militares italianos Massimiliano Latorre e Salvatore Girone
são acusados do homicídio de dois pescadores no dia 15 de fevereiro de
2012, quando estavam em serviço a bordo de uma petroleira italiana perto
do estado do Kerala. (ANSA).
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