A
menina de 16 anos foi autorizada pela Associação Italiana de Árbitros
(AIA) a apitar jogos de futebol portando o tradicional "hijab", o véu
usado por adeptos da religião muçulmana, e também calças compridas para
cobrir as pernas.
Chahida mora na cidade de Sesto e Uniti, na
província de Cremona, norte da Itália. Segundo sua mãe, que emigrou do
Marrocos, ela sempre sonhou em apitar partidas de futebol. O fato de ela
ter que se vestir de acordo com as normas religiosas não teria sido um
grande problema.
Gian Mario Marinoni, presidente da seção de
Cremona da AIA, diz que a garota "passou brilhantemente por todas as
provas necessárias para a obter a licença de árbitro" e agora está apta a
apitar jogos das categorias amadoras juvenis. "Ela tem talento", disse
Marinoni, tutor de Chahida nos primeiros jogos.
Aproximar culturas
A aparição de uma árbitra com véu nos gramados italianos foi festejada
pela mídia italiana como uma prova de que o futebol ajuda a aproximar as
culturas. "Chahida combina as regras do mundo do esporte com o respeito
pela cultura islâmica", comentou o respeitado jornal italiano La
Repubblica.
Para poder apitar com o véu a juíza teve que obter
uma permissão especial, que foi concedida pela AIA sem maiores
problemas. Em seus primeiros jogos no campeonato amador juvenil de
Cremona a adolescente mostrou que pode impor respeito aos jogadores
masculinos.
Chahida Sekkafi conta com o apoio da família: a mãe,
que a acompanha a todos as partidas, jogou futebol no Marrocos quando
era jovem e se declara apaixonada pelo esporte.
No dia
internacional da mulher, no começo deste mês, Chahida foi homenageada
pela prefeitura de Cremona por ser um exemplo positivo para outras
jovens.
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imagem Google
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