Sede legal da empresa será transferida para a Holanda
Sergio Marchionne e John Elkann, CEO e
presidente da Fiat, respectivamente, comandaram a última assembleia
ordinária da empresa na Itália (foto: ANSA)
Turim - A Fiat realizou nesta segunda-feira (31) sua última
assembleia ordinária de acionistas em Turim, na Itália, antes de
transferir sua sede legal para a Holanda, medida que é resultado da
fusão com a montadora norte-americana Chrysler. A reunião deliberou
sobre o balanço da empresa em 2013.
"Temos boas notícias desse ano. 2013 foi rico em satisfações
para a Fiat. As perdas na Europa se reduziram e o desenvolvimento das
marcas premium está dando resultados positivos muito concretos. Basta
pensar na Maserati, que produz na Itália em uma fábrica que era morta e
hoje dá trabalho a 2,2 mil pessoas", afirmou o presidente do grupo, John
Elkann, ao abrir o encontro.
O executivo também mencionou a América do Sul, onde a companhia
vende mais automóveis do que no próprio continente europeu. "Apesar das
dificuldades, alcançamos grandes sucessos, como demonstram os nossos
lançamentos, entre os quais o do Novo Uno", acrescentou. Até o próximo
mês de junho, a Fiat ainda deverá promover mais uma assembleia na
Itália, mas desta vez extraordinária, para deliberar sobre o negócio com
a Chrysler.
Em janeiro deste ano, o grupo italiano concluiu a aquisição de
100% do capital da montadora dos Estados Unidos, dando origem à Fiat
Chrysler Automobiles (FCA). Com isso, decidiu-se levar a sede legal da
empresa da Itália para a Holanda, enquanto a base fiscal foi transferida
para Londres (Reino Unido). Em 6 de maio de 2014 deverá ser apresentado
em Detroit (antiga sede da Chrysler), nos EUA, o plano industrial da
FCA para os próximos anos.
Segundo o CEO da Fiat, Sergio Marchionne, a integração entre as
duas companhias será concluída até o final de dezembro. "Eu seria um
ingênuo se não soubesse que existem aspectos emotivos não apenas aqui na
Itália, mas também do lado de lá do oceano. Em 2014 a Fiat completará
115 anos, a Chrysler fará 90 no próximo. Pode nascer a sensação de que
se perde alguma coisa, mas a nossa força vem da união dessas duas
realidades, e cada uma conservará a própria identidade", completou.
(ANSA)
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