Parte do DC9 abatido em 1980 na Itália foi reconstruído com destroços (foto: ANSA)
Roma - O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, enviou uma carta para a associação que reúne os parentes das 81 vítimas do acidente aéreo de Ustica, em 1980, e cobrou das autoridades do país o esclarecimento do desastre. Nesta sexta-feira (27), completam-se 24 anos da queda do avião DC9 da companhia aérea Itavia, cujas circunstâncias ainda não foram elucidadas.
"A tenaz solicitação para realizar todo o esforço possível - inclusive no plano internacional - para se chegar a uma completa reconstrução do que aconteceu nos céus de Ustica obriga todas as instituições a fazer a sua parte para descobrir a verdade", diz a correspondência assinada pelo chefe de Estado italiano. Além disso, Napolitano chamou o acidente de "um dos episódios mais inquietantes da vida nacional" e garantiu compreender a angústia das famílias pela falta de apuração das causas da tragédia, apesar dos diversos inquéritos e processos realizados ao longo dos últimos 24 anos.
Em outubro de 2013, a Corte de Cassação da Itália considerou "consagrada" a tese de que um míssil foi o responsável pela queda da aeronave, quando ela sobrevoava a cidade de Ustica, na região da Sicília. Em 2007, o ex-presidente Francesco Cossiga chegou a afirmar que o DC9 tinha sido alvo de foguetes internacionais - provavelmente lançados pela França - que tentavam atingir um avião do ex-ditador da Líbia Muamar Kadafi.
Com a decisão do tribunal, foi aberto um novo processo civil para constatar as responsabilidades pela tragédia. (ANSA)
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