terça-feira, 10 de junho de 2014

Paz no Oriente Médio é uma das prioridades da Itália na presidência de UE

EFE | ROMA
A ministra italiana das Relações Exteriores, Federica Mogherini, afirmou nesta segunda-feira que a estabilidade do Oriente Médio será "uma das prioridades" na agenda de seu país enquanto assumir a presidência rotativa da União Europeia (UE) durante o segundo semestre deste ano.
Mogherini realizou ditas declarações junto ao negociador-chefe palestino, Saeb Erekat e depois de se reunir nesta tarde em Roma com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e com o de Israel, Shimon Peres, que no domingo protagonizaram junto ao papa Francisco no Vaticano um evento "histórico" para pedir a paz.

Ministra italiana das Relações Exteriores, Federica Mogherini, comprimenta o presidente de Israel, Simón Peres, durante um encontro em Roma, nesta segunda-feira. EFE

"Me encontrarei com os presidentes da ANP e Israel nas primeiras semanas de julho em seus respectivos países. Será uma das primeiras coisas que farei quando a Itália assumir a presidência da UE. Estou convencida de que se requer um papel de mediação dirigido pela Europa, e Itália pode guiá-lo", indicou.
Para a chefe da diplomacia italiana é necessário que a UE, em matéria de política externa, situe no centro de seus esforços a área mediterrânea para garantir, assim, sua estabilidade.
Neste sentido, a ministra reivindicou a tomada de consciência por parte da União Europeia que trabalhar pela paz no Oriente Médio, que equivalerá a uma maior estabilidade em todo o Velho Continente.
Por sua vez, Erekat manifestou que Abbas elogiou os esforços que o pontífice está realizando para pôr fim ao conflito embora, segundo sua opinião, Israel deve escolher entre "a paz ou os assentamentos".
Além disso Erekat assegurou que Abbas expressou à ministra italiana, entre outros assuntos, a vontade dos palestinos "de recuperar as negociações com Israel" uma vez que tenham definido algumas "questões-chave", como a libertação dos presos em Israel.
Por sua parte, a ministra italiana disse ter recebido a certeza por parte de Abbas que o novo governo de união nacional palestino se baseia na rejeição da violência e no reconhecimento do Estado de Israel.
Sobre sua reunião com Simón Peres, Mogherini disse que foi abordada a forma "como começar o processo de paz" e precisou que compartilharam o critério de "virar página e chegar, após tantas décadas, à criação de dois Estados e à solução da crise".

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