Roma - O Parlamento italiano votou por 395 votos a favor e 138 contra pela prisão do deputado Giancarlo Galan (Forza Italia). Os parlamentares votaram secretamente e dois deles se abstiveram. O parlamentar está no centro de um escândalo de corrupção na cidade de Veneza.
A decisão da Câmara fez com que o advogado de Galan, Antonio Franchini, apresentasse um pedido de prisão domiciliar para o ex-ministro. Atualmente, o deputado está internado em um hospital italiano.
A votação no Parlamento derrubou a imunidade do deputado, que agora pode ser julgado pela Justiça da Itália. Um dos políticos que votaram a favor da prisão, Ignazio Messina, comemorou a decisão dos parlamentares. "Os italianos querem mais honestidade e menos imunidade e nós devemos dar o exemplo. Renzi não tem imunidade porque os senadores e deputados devem ter?", falou Messina.
Galan, que já foi ministro do governo de Silvio Berlusconi e governador de Vêneto, foi denunciado com outras 35 pessoas por corrupção, extorsão e lavagem de dinheiro durante a construção do sistema Mose, um complexo sistema de barreiras que evitam o alagamento de Veneza.
O projeto é uma das maiores obras públicas da história da Itália, com o custo de 5,5 bilhões de euros (R$ 16,5 bilhões) financiado inteiramente pelo Estado. Entre os mais de 30 detidos, está o prefeito da cidade, Giorgio Orsoni.
O caso de corrupção irritou o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, que pediu que os políticos que se envolvem em crimes deveriam ser "banidos" da vida pública. (ANSA)
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