terça-feira, 2 de setembro de 2014

Alemães ajudarão italianos no combate à imigração ileg

tália faz resgastes constantes de imigrantes ilegais pela operação Mare Nostrum (foto: ANSA)

Berlim - A Alemanha apoiará o projeto para controle de fronteiras da Itália, o Frontex Plus, anunciaram nesta terça-feira (02) os ministros do Interior dos dois países, Thomas de Maizière e Angelino Alfano.

"Há o apoio da Alemanha ao Frontex Plus e o reconhecimento do grande empenho italiano. É um dia importante, pois após o apoio da França, temos também o apoio alemão", disse Alfano após encontro em Berlim. Já Maizière afirmou que "a Itália, neste momento, tem uma responsabilidade especial e tem nosso pleno apoio".

Segundo o ministro alemão, "a Itália suporta um peso maior com a operação Mare Nostrum e precisa de ajuda". Ele ainda afirmou que os alemães podem dizer ainda que "há um número muito maior de requerentes de asilo no país e que nenhum dos dois argumentos está errado".

"Podemos ficar trocando acusações para ganhar consenso, mas isso não nos leva a nenhum resultado - sobretudo nos relatórios da Itália e da Alemanha. Por isso, temos a convicção que precisamos resolver juntos a situação. A Alemanha está pronta para dar apoio ao Frontex Plus, mas também a Itália e os outros países do Mediterrâneo precisam se empenhar em registrar quem pede asilo", declarou Maizière.

Alfano lembrou que a Itália está "se empenhando sempre mais" em reconhecer os pedidos de asilo. Ele destacou que o país aprovou um decreto de emergência para "deixar o sistema italiano mais eficiente". O político italiano ainda assegurou que haverá "toda a cooperação da nossa polícia" com a polícia alemã para parar o tráfico ilegal de imigrantes entre a Itália e a Alemanha.

União Europeia

No dia 28 de agosto, a comissária para Assuntos Internos da UE, Cecilia Malmstrom, afirmou que o bloco econômico ajudará os italianos no controle da fronteira. Por isso, a operação Mare Nostrum, feita pelos italianos desde outubro de 2013, mudará de nome para Frontex Plus em novembro, quando receberá ajuda de outros países do continente.

De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), mais de 1,9 mil pessoas morreram tentando alcançar a Europa pelo mar desde o início do ano, sendo que 1,6 mil delas falecerem de junho para cá.

Até o dia 24 de agosto, conseguiram chegar com vida no continente 124.380 indivíduos, dos quais 108.172 desembarcaram na Itália. (ANSA)

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