Estrasburgo - A Itália dá uma "atenção insuficiente" ao tráfico de seres humanos, afirmou o primeiro relatório do Grupo de Peritos Contra o Tráfico de Seres Humanos do Conselho da Europa (Greta), o mecanismo de monitoramento do Conselho Europeu sobre o tema, divulgado hoje (22).
Segundo o órgão, entre 2011 e 2013, foram ajudadas 4530 pessoas, mas essa é só a ponta do iceberg. No comunicado, o Greta afirma que "os dados não revelam a verdadeira amplitude do fenômeno" do comércio de novos escravos porque a Itália não tem mecanismos adequados para individualizar as vítimas.
O Conselho Europeu afirmou que ficam fora do radar do governo os abusos contra trabalhadores rurais, as trabalhadoras domésticas e a exploração do trabalho infantil. Eles ainda criticaram que a Itália não tem um plano de ação nacional sobre o tráfico de seres humanos, nem é dotada de muitos instrumentos que são utilizados em outros países que assim como o território italiano são locais de chegada e de trânsito de vítimas do tráfico.
Por isso, o Greta pediu às autoridades italianas que "adotem com urgência um plano de ação nacional que defina prioridades, objetivos, atividades concretas e responsabilidades na atuação".
Eles ainda criticaram a legislação italiana que, da maneira que as leis foram elaboradas, não permitem que todos os processados tenham um bom julgamento.
A entidade ainda se demonstrou "preocupada" com o baixo número de condenações aos traficantes de pessoas. Segundo dados fornecidos pelo governo italiano, há centenas de processos abertos todos os anos, mas ocorreram apenas 14 condenações em 2010 e outras nove em 2011. (ANSA)
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