ROMA (Reuters) - O programa de compra de bônus do Banco Central Europeu dará um impulso decisivo à economia estagnada da Itália, afirmou o grupo industrial Confindustria, neste sábado, enquanto o banco central italiano afirmou que a medida tornará mais simples a aprovação de reformas.
O BCE anunciou na quinta-feira que vai injetar centenas de bilhões de euros em novos recursos na economia da zona do euro, apesar da oposição manifestada pelo banco central alemão.
A Confindustria afirmou que o plano pode elevar o produto interno bruto da Itália em 0,8 por cento este ano e em mais 1 por cento em 2016 por meio da desvalorização da taxa de câmbio do euro, que deve impulsionar exportações.
O impacto do plano de "quantitative easing" será considerável, dado que a previsão da Confindustria no mês passado era de que a economia italiana iria crescer apenas 0,5 por cento este ano.
A Itália teve a economia mais fraca da zona do euro ao longo da última década e não tem um único trimestre de crescimento desde meados de 2011.
A nota da Confindustria afirma que o declínio dos juros dos bônus gerado pelo programa do BCE vai se traduzir em economia de 3,2 bilhões de euros por ano em custos de empréstimos por companhias italianas.
Ao mesmo tempo, o presidente do banco central da Itália, Ignazio Visco, afirmou em entrevista ao jornal La Stampa que a "redução da incerteza como resultado do programa do BCE vai diminuir o custo de promoção de reformas, que atualmente estão sendo seguradas pelas condições econômicas adversas".
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