Áquila - Há seis anos, a cidade de Áquila, na Itália, enfrentava o momento mais trágico de sua história. Um tremor de 6,3 graus na escala Richter, na madrugada do dia 6 de abril de 2009, matou 309 pessoas, deixou 1,6 mil feridas e mais de 70 mil desabrigados.
Para lembrar a data, cerca de 10 mil pessoas se reuniram no centro da cidade neste domingo (05) em uma marcha em memória das vítimas. Os moradores também aproveitaram para protestar contra a decisão judicial que, no ano passado, absolveu seis sismólogos que não avisaram sobre a tragédia com antecedência. Muitas pessoas carregavam faixas pedindo por justiça.
Porém, a maior parte da procissão até a praça Duomo, coração do centro histórico, foi feita em silêncio. O momento de maior emoção foi durante a leitura dos 309 nomes das vítimas.
Uma missa na igreja de Santa Maria do Sufrágio ressaltou a coragem do povo local para reconstruir a cidade. Segundo o arcebispo Giuseppe Petrocchi, "os moradores são uma comunidade unida e são protagonistas da reconstrução - sem delegá-la ao governo". Os sinos também tocaram 309 vezes para homenagear aqueles que perderam a vida na tragédia.
Governo se manifesta
O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, postou uma mensagem através de suas redes sociais sobre o terremoto e ressaltou o programa do governo para a reconstrução da cidade e das leis modificadas após a tragédia.
"Não podemos controlar a natureza, mas a política deve ser controlada centímetro após centímetro. O dinheiro agora existe e gastá-lo bem é um dever em memória de quem morreu, mas também um sinal de respeito aos sobreviventes que querem ainda acreditar na política", escreveu o premier.
Apesar da mensagem, nenhum representante do governo central foi ao evento em memória das vítimas.(ANSA)
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