Do G1 em Brasília - Corte de Cassação de Roma havia autorizado a cassação em fevereiro.
Pizzolato foi condenado no mensalão e fugiu para a Itália em 2013.
O governo da Itália autorizou a extradição do ex-diretor de marketing do BB Henrique Pizzolato para o Brasil, segundo informou o Ministério Público nesta sexta-feira (24). As autoridades brasileiras ainda não receberam oficialmente o comunicado da Itália.
Pizzolato, que tem cidadania italiana, foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no julgamento do mensalão do PT, pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Em 2013, quando foi expedido o mandado de prisão, fugiu para a Itália.
Após ele ser preso pela polícia local em Maranello, em 2014, o governo brasileiro entrou na Justiça italiana com pedido de extradição. O pedido foi negado pela Corte do Bolonha. A PGR, no entanto, entrou com recurso, que foi acatado pela Corte de Cassação de Roma em fevereiro deste ano. Desde então, faltava a palavra final do governo italiano para decidir se Pizzolato cumpriria ou não a pena no Brasil.
Condições dos presídios
Uma das alegações da defesa de Pizzolato era de que os presídios brasileiros não possuem condições de garantir a proteção dos direitos humanos dos presos. Esse foi um dos argumentos que pesaram na decisão de primeira instância, na Corte de Bolonha, que negou o pedido brasileiro.
Após a primeira negativa, a Procuradoria-Geral da República entrou com recurso na Justiça italiana e o caso foi parar na Corte de Cassação de Roma, que decidiu pela extradição. O governo brasileiro apresentou justificativas de que os presídios do país poderiam receber o ex-diretor de marketing, e citou como exemplo a penitenciária da Papuda, no Distrito Federal.
Entre o julgamento de Bolonha e o de Roma Pizzolato esteve em liberdade. Desde fevereiro, no entanto, ele aguardava preso a decisão final do governo italiano.
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