terça-feira, 5 de julho de 2016

Curiosidades - Sul da Itália: onde o mundo se encontra

Por Revista Viajar pelo Mundo


Disputada por diversos povos no passado, a porção meridional do país de Da Vinci reserva algumas das mais belas praias da "bota"

Se o Norte italiano costuma ficar registrado na memória dos viajantes pela opulência, luxo e formalidade, o Sul deste belo país é todo rusticidade, no melhor dos sentidos. A porção meridional da península exala o autêntico espírito da Itália. Tanto Nápoles, no continente, como as grandes ilhas adiante, Sicília e Sardenha, fazem a viagem valer a pena – e muito.
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Isola Rossa, belo cenário a noroeste da Sardenha
Dona de uma cozinha saborosa, que privilegia os frutos do mar, os queijos fortes e os vinhos doces – como o marsala –, essa região também encanta pelo que guarda do passado. Ruínas etruscas e resquícios da passagem dos vizinhos gregos e de dezenas de outros povos não faltam por lá. Isso provoca um ar de mistério: afinal, quantos invasores já estiveram aqui? Quantos povos apreciaram o Mediterrâneo nas belas praias? Ninguém sabe ao certo. O Sul da Itália foi alvo constante da cobiça de dezenas de nações: da enigmática civilização Osca, no século 5 antes de Cristo, aos alemães na Segunda Guerra Mundial. E isso lhe dá um charme especial.
As paisagens, aliás, são dominadas por um elemento em especial: o mar, ou il mare, como se diz por lá. O azul do Mediterrâneo e do vizinho Tirreno é inconfundível, e impossível de não notar. Até porque a vida gira em torno deles quando se fala na culinária e nos transportes – já que as ilhas podem ser alcançadas por avião, mas também em longos e prazerosos percursos de ferryboat ou barcos alugados.

 
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Além de cenários paradisíacos, Sardenha tem castelos, templos e agitada vida noturna
Por muitos séculos, a Sardenha foi uma ilha esquecida pelos pacotes turísticos. Mas isso mudou. Localizada a 180 quilômetros da costa italiana, o local – que já foi alvo de fenícios, romanos, árabes e espanhóis – é também destino de visitantes cheios de fama ou dinheiro (ou, mais provável, cheios dos dois). A maioria das pessoas chega pela capital, Cagliari, localizada bem ao Sul. É nela que está o centro político da ilha, com seus 150 mil habitantes.

Cosmopolita, Cagliari preza muito sua veia artística. A é digna de nota, especialmente no verão, quando os clubes e pubs da Corso Vittorio Emanuelle fervem ao som de todos os estilos musicais.
Além da diversão, a história pode ser percebida com os olhos por toda Sardenha, notando a quantidade de castelos, antigas aldeias, templos, túmulos e ruínas que pipocam pela ilha. As mais antigas remontam ao período pré-histórico e são chamadas nuragues – construções de formato cônico erguidas com imensas pedras de basalto.
Fincada no meio das águas mediterrâneas como um posto de passagem, a Sicília sempre foi disputada pelos mais diversos povos, dos vândalos aos bizantinos. Os primeiros que por ali marcaram terreno foram os gregos. Separada do continente e da “bota” em si peloEstreito de Messina, com apenas três quilômetros, a ilha tem 5 milhões de habitantes em seu território de 25 mil km² – mas é visitada anualmente por outros milhões em busca de suas cores e sabores.

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Fincada no meio das águas mediterrâneas, Sicília tem também sítios arqueológicos e vilarejos históricos
As praias de Cefalu e Taormina são excelentes para mergulho, prática de esportes ou aprazíveis passeios de barco.
Em toda ilha é possível degustar uma culinária muito peculiar, com pratos à base de trigo, azeite, mel, queijos, frutas e verduras – quase tudo “lançado” nessas terras pelos gregos. E ainda muitos peixes e frutos do mar.

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