terça-feira, 25 de setembro de 2007

Tradições dos imigrantes italianos no RS (V)
















As refeições - Parte I

O fogão doméstico, ou fogolaro, focoler ou focolaro era um quadrilátero de madeira, enchido de terra batida,sobre o qual se fazia fogo. Era fogo aberto, cuja fumaça escoava pelo telhado, no espaço que sobrava entre os caibros de sustentação do telhado e o próprio telhado.

Por isto,a pintura, nas primitivas cozinhas coloniais, inexistia, pois a fumaça terminava empretecendo as paredes. Eram escolhidos tipos de lenha especial, que não produzissem muita fumaça ou que fizessem a chama mais limpa.

Evitavam-se, pois, as lenhas úmidas, não bem secas ou as que produziam pouca chama.

O sistema de cozimento dos alimentos, em panelas de guiza ,(amálgama especial) realizava-se por suspensão das chamadas “cadene” (correntes).

As “cadene” constavam de fortes argolas, graduadas por um gancho especial, a fim de levantar ou abaixar as panelas em relação ao fogo.

Como o fogo doméstico servia, no inverno, para aquecimento do lar, havia, ao redor do focolaro ,um jogo de bancos, ou a própria caixa da lenha ou da farinha era feita em forma de banco para servir de assento às pessoas, durante o preparo das refeições.

Por ocasião das chuvaradas rápidas que molhavam superficialmente as roupas em vez de trocá-las, as pessoas acercavam-se do fogo até enxugar suas roupas, enquanto aguardavam o tempo limpar...

O fogão doméstico,ou fogolaro ,focoler ou focolaro era um quadrilátero de madeira,enchido de terra batida,sobre o qual se fazia fogo. Era fogo aberto, cuja fumaça escoava pelo telhado ,no espaço que sobrava entre os caibros de sustentação do telhado e o próprio telhado.

Por isto,a pintura, nas primitivas cozinhas coloniais, inexistia ,pois a fumaça terminava empretecendo as paredes. Eram escolhidos tipos de lenha especial, que não produzissem muita fumaça ou que fizessem a chama mais limpa.

Evitavam-se pois, as lenhas úmidas, não bem secas ou as que produziam pouca chama.

O sistema de cozimento dos alimentos, em panelas de guiza ,(amálgama especial) realizava-se por suspensão das chamadas “cadene” (correntes).

As “cadene” constavam de fortes argolas, graduadas por um gancho especial, a fim de levantar ou abaixar as panelas em relação ao fogo.

Como o fogo doméstico servia, no inverno, para aquecimento do lar, havia, ao redor do focolaro ,um jogo de bancos, ou a própria caixa da lenha ou da farinha era feita em forma de banco para servir de assento às pessoas, durante o preparo das refeições.

Por ocasião das chuvaradas rápidas que molhavam superficialmente as roupas em vez de trocá-las, as pessoas acercavam-se do fogo até enxugar suas roupas, enquanto aguardavam o tempo limpar...

Em muitas famílias, aproveitava-se o tempo de preparo da janta, para, ao redor do focolaro ,rezar o terço em família.

O calor do fogo doméstico, as noites escuras e o cansaço de um dia de trabalho provocava,facilmente, o sono nas crianças que, logo após a janta começavam a dormir sobre os bancos, embaixo da mesa, ou atrás da porta.

Em muitos casos, ou os pais ou irmãos mais velhos levavam para cama, ou as acordavam para participarem do terço, que era rezado após a janta, duranta a lavagem da louça.

Quem levasse à cama ,devia ter o cuidado de fazê-la urinar, tomar um copo de água, para não vir a ter sede durante a noite.

Fonte: Extraído do livro “Os italianos do Rio Grande do Sul”,de Luis A. De Boni e Rovílio Costa. Est-Correio Riograndense-EDUCS

Colaboração e adaptação: Mirna Borella Bravo

Um comentário:

Anônimo disse...

Sou italiana tenho 10 anos e meu pai sempre me conta histórias assim quando ele era pequeno Morava em santa caratarina com meus tios e eles sempre rezavam o terço antes de ir dormir assim como na sua reportage bjs

Mabylle Pasqualotto