O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional iniciou ontem (23) uma campanha para recuperar obras desaparecidas e evitar o tráfico de objetos tombados. De acordo com levantamento do Iphan, há 918 peças desaparecidas em todo o país. Mais da metade é do estado do Rio de Janeiro. As obras raras que fazem parte da história e cultura brasileiras fora roubadas ou furtadas de 33 museus e 106 igrejas cariocas.
Na Igreja Ordem Terceira do Carmo, uma das mais antigas da cidade, os castiçais de prata foram trocados por madeira. A mesa de celebração também contrasta com a prataria do altar. As imagens sacras originais permanecem guardadas em cofres. A administração da igreja toma cuidados para que nada seja roubado. Há 14 anos o local foi alvo do maior roubo a igrejas no Rio: 250 peças foram levadas.
Em julho, criminosos levaram 146 gravuras do pintor Lucílio de Albuquerque e oito caixas com fotos de autoria de Marc Ferrez e Augusto Malta do Arquivo Geral da cidade. Em fevereiro de 2006, quatro homens armados invadiram o Museu da Chácara do Céu, em Santa Teresa, no Centro do Rio, e roubaram quadros de alguns dos maiores e mais valorizados pintores modernos. Na última semana, quase 400 livros da Biblioteca Nacional foram recuperados.
Durante a campanha, um banco de dados com imagens e informações das peças roubadas vai estar disponível na Internet para a população ajudar na identificação e resgate dos objetos. As denúncias poderão ser feitas pelo telefone (21) 22621971, fax (21) 25240482, pelo e-mail bcp-emov@iphan.gov.br, ou no próprio site: www.iphan.gov.br.
Os acervos de instituições culturais como a Biblioteca Nacional e o Arquivo Nacional também devem ter um sistema interligado ao banco de dados do Iphan.
Fonte: G1
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