Foi achado um tesouro. São dois livros com o registro de nascimentos, mortes e casamentos ocorridos entre 1860 e 1899 nas terras que vão serra abaixo de Itaguaí a Angra dos Reis. Eram os domínios do comendador José Joaquim de Souza Breves. Ele pode ter sido o dono da maior escravaria dos tempos modernos. Tinha 26 fazendas de café e produzia 1,5% das exportações nacionais. ( Seus bisnetos tiveram que trabalhar para viver.)
Nos dois livros estão lançados os nomes e as matrículas de 12.878 escravos, o que sugere que Breves teve um plantel superior aos cinco mil negros que normalmente lhe é atribuído. Os livros já foram integralmente fotografados por Eduardo Schnoor, persistente caçador do passado do café.
Até aí, tudo são números. A graça está em saber que o comendador e sua filha Leôncia foram padrinhos de batismo de um menino pardo a quem deram o nome de Leôncio, alforriando-o em seguida.
Nos dois livros estão lançados os nomes e as matrículas de 12.878 escravos, o que sugere que Breves teve um plantel superior aos cinco mil negros que normalmente lhe é atribuído. Os livros já foram integralmente fotografados por Eduardo Schnoor, persistente caçador do passado do café.
Até aí, tudo são números. A graça está em saber que o comendador e sua filha Leôncia foram padrinhos de batismo de um menino pardo a quem deram o nome de Leôncio, alforriando-o em seguida.
Fonte: Transcrição parcial da coluna de Elio Gaspari no jornal O Globo de ontem, domingo, dia 25 de novembro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário