"O meu sonho quando criança era ser um jogador de futebol e o diabetes, doença da qual sofro desde os nove anos, nunca foi um impedimento": Nicolas Amodio, jogador de futebol uruguaio que a partir deste ano joga pelo Treviso (após três temporadas no Napoli), relata a sua experiência. Ele está entre os atletas premiados em Roma na cerimônia do "Changing diabetes", organizada pela Federação italiana de Hockey sobre grama, pela Associação Nacional dos Atletas Diabéticos (Aniad) e pela Novo Nordisk, em paralelo à apresentação do livro “Barômetro sobre o diabetes e atividades físicas na Itália”.
"São 15 anos que convivo com o diabetes, afirma Amodio. Tive sorte porque desde cedo os médicos me indicaram a atividade desportiva e, com isso, pude realizar o meu sonho e me tornar um jogador de futebol profissional. O diabetes ajudou-me a amadurecer precocemente, a ser mais rigoroso e a respeitar as regras. Agora persigo outro sonho: vestir a camisa da seleção uruguaia". A experiência de Amodio não é um caso isolado.
O nadador norte-americano Gary Hall junior é o exemplo mais famoso: no auge de sua carreira descobriu que tinha diabetes. Então, com 25 anos, era o nadador mais rápido do mundo. Nos Jogos Olímpicos de Sidney venceu quatro medalhas (duas de ouro, uma de prata e uma de bronze) e em Atenas repetiu a dose. São muitos os jovens que, tendo sido diagnosticados com diabetes, abraçam uma atividade física como método para controlar a doença e alguns conseguem obter resultados brilhantes.
A atividade física, ainda que sejam só 30 minutos diários de caminhada, é considerada a primeira aliada na cura do diabetes. É como demonstra o livro “Barômetro sobre o diabetes e atividade física na Itália”, que reúne vários estudos, testemunhos e experiências sobre o diabetes e o papel da prática desportiva como método de ajuda para a prevenção e a cura da doença diabética. Sob a coordenação do professor Pierpaolo De Feo, o trabalho foi desenvolvido pelo grupo "Wellness Metabolico" que nasceu dentro do projeto "Dawn" e identifica na atividade motora e no estilo de vida correto o instrumento primário na prevenção e melhora da saúde das pessoas diabéticas.
São cerca de 200 milhões as pessoas que sofrem de diabetes no mundo. Na Itália, os diabéticos são 4% da população, o que representa um alto custo no orçamento sanitário. Diante desse quadro, é opinião unânime que é preciso intervir sobre o estilo de vida das pessoas.
Além de Amodio, foram premiados outros atletas diabéticos, entre os quais os ciclistas Diego Franceschini, David Panichi, Mauro Tallini, a nadadora Monica Priore (que atravessou o estreito de Messina), o alpinista Marco Peruffo, o esquiador Mauro Sormani. Estavam ausentes Mattia Tanza (por estar em uma escalada no Everest) e Simone Donadello que representará a Itália nas Nações Unidas (ONU) no Dia Mundial do Diabetes, em 14 de novembro próximo.
Fonte: Ansa
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