O líder da direita italiana, Silvio Berlusconi, rejeitou nesta quarta-feira a solução para uma saída da crise política proposta pelo chefe de Estado de reformar a lei eleitoral, e exigiu novas eleições, indicaram fontes da imprensa italianas. "Não há necessidade de mudar a lei eleitoral. Não há espaço para o diálogo. Pedimos eleições imediatas", declarou Berlusconi ao ser informado do final da crise política proposta pelo chefe de Estado, Giorgio Napolitano.
O chefe do Estado italiano, Giorgio Napolitano, havia encarregado nesta quarta-feira o presidente do Senado, Franco Marini, de examinar a possibilidade de um acordo sobre uma reforma eleitoral. "Pedi ao presidente do Senado que verificasse a possibilidade de conseguir um consenso sobre uma reforma da lei eleitoral e (a existência) de um apoio a um governo encarregado de tal reforma", declarou Napolitano, o único que tem o poder no país para dissolver o Congresso e convocar eleições antecipadas."Dissolver o Parlamento em menos de dois anos seria uma decisão grave", reconheceu o presidente.
Marini, por sua vez, afirmou que aceita "esse difícil e grave papel e comprometo-me a cumprir minha tarefa com determinação". Napolitano decidiu encarregar Marini após ouvir as propostas do ex-primeiro-ministro conservador Silvio Berlusconi e do líder de centro-esquerda Walter Veltroni.
Berlusconi exige a antecipação das eleições, enquanto Veltroni pede que elas sejam adiadas por alguns meses, possivelmente até 2009, para reformar previamente a lei eleitoral. A Itália enfrenta uma crise política após a renúncia, na semana passada, do chefe do governo Romano Prodi, que perdeu o apoio do Senado.
Da AFP/Do Globo on line
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