sexta-feira, 21 de março de 2008

Chile-Itália, Napolitano vê cooperação em tempos complexos


O presidente Giorgio Napolitano qualificou como "muito positivo" o diálogo com a presidente Michelle Bachelet durante sua visita ao Chile, e disse que a marca da atual relação bilateral é de "cooperação em uma conjuntura internacional complexa". "Discutimos problemas concretos e contribuímos para assentar as bases de alguns acordos e colaborações posteriores entre os respectivos países", disse. Os acordos incluem uma colaboração entre empresas aeronáuticas dos dois países. "Estamos avançando em um acordo entre nossa indústria aeronáutica e a chilena e isso poderá reduzir em termos imediatos o desequilíbrio de nossas trocas comerciais."


A Itália "pode dar uma contribuição particular no que se refere às pequenas e médias empresas. Uma contribuição, um exemplo e um ponto de referência importante também para o desenvolvimento do povo chileno", opinou. "O resultado da visita é muito positivo, tanto pelos problemas que pudemos discutir e a respeito dos quais registramos acordos com a presidente Bachelet, como pelo clima que encontramos." "Não é uma palavra vã falar em uma enorme simpatia pela Itália. Uma simpatia e proximidade que se explica pela forte presença e consistência da comunidade italiana no Chile", observou. O presidente disse que os estreitos laços que unem Itália e Chile têm "raízes históricas longínquas e raízes vizinhas, sobretudo por aquilo que pudemos dar e receber do Chile nos anos 70 e 80, quando se instaurou uma ditadura militar e quando fomos chamados a dar nossa contribuição de solidariedade". "Pude encontrar alguns amigos que estiveram exilados na Itália", contou. "Hoje, em uma situação felizmente completamente distinta, graças ao restabelecimento da liberdade e das instituições democráticas, a relação assumiu outro caráter, não mais da solidariedade em tempos de emergência, mas da cooperação em tempos de normalidade democrática, em tempos de uma complexa e difícil conjuntura internacional", disse.

Napolitano também conversou com Bachelet sobre os desafios da região e, juntos, definiram como chave a Cúpula entre União Européia e os países da América Latina e do Caribe, convocada para maio em Lima, no Peru. Ele também encontrou líderes empresariais ítalo-chilenos, reitores universitários e cerca de mil dirigentes e representantes da colônia italiana no Chile. Durante a visita, "prevaleceram de modo absoluto os momentos de grande conhecimento da cultura e da presença de nosso país", disse, lembrando o sucesso de Ennio Morricone, a participação italiana no festival Teatro a Mil e a exposição de arte contemporânea italiana (da Farnesina), inaugurada por ele. "Há um clima de simpatia e comunicação cultural e humana entre Itália e Chile", resumiu.

Da Ansa

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