sábado, 1 de março de 2008

Itália pretende ingressar no grupo de países amigos da Colômbia


O ministro das Relações Exteriores da Itália, Massimo D'Alema, disse ontem que seu governo está "pronto" para se incorporar ao grupo de países amigos que mediam as libertações de reféns e buscam a paz na Colômbia. "A Itália está pronta para participar do grupo de países que trabalha por uma negociação e pacificação na Colômbia e pela libertação de todos os reféns", afirmou D'Alema após um encontro com a mãe da ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt, Yolanda Pulecio, e seu colega venezuelano Nicolás Maduro. O chanceler italiano disse que foi muito bom voltar a falar com Yolanda, depois de ter recebido sua visita poucos dias antes, em Roma, e aproveitou para reiterar sua "solidariedade e apoio". Demonstrou a Maduro seu "apreço pelo trabalho do governo venezuelano e do presidente Hugo Chávez pela libertação dos reféns na Colômbia e por promover um diálogo de paz".

Chávez reiterou sua proposta de formar um grupo de países amigos da Colômbia que ajude o intercâmbio humanitário" e o processo de paz no país, no qual será "imprescindível" a participação da Venezuela. Segundo o presidente, a idéia já conta com o apoio do Brasil, Argentina, Equador, Bolívia, França e do secretariado-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA). "Todos estão de acordo menos (o presidente da Colômbia, Álvaro) Uribe. Mas estou seguro que o sentimento humanitário vai fazer com que a oligarquia colombiana mude", declarou. Comentou que, após sua constituição, o grupo poderá receber um representante das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e um do governo colombiano, para que possam acordar uma troca de prisioneiros e articular um processo político de paz. Chávez acusa Uribe de ser um "peão do império" norte-americano que não está interessado na paz. As Farc libertaram na quarta-feira quatro ex-parlamentares colombianos.

Com informações da Ansa

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