Cerca de 1.300 toneladas de lixo encontram-se espalhadas pelas ruas de Nápoles, principalmente nos bairros da periferia, onde voltaram a ocorrer incêndios durante a noite e segue o estado de emergência. Os bombeiros foram chamados cerca de 30 vezes durante a noite de 6ªfeira para apagar o fogo provocado pela queima de lixo, que pode liberar gases tóxicos prejudiciais à saúde. As altas temperaturas registradas nos últimos dias no sul da Itália agravaram a crise do lixo em Nápoles, onde moradores desesperados ateiam fogo ao lixo que se acumula nas ruas.
O problema é atribuído à incapacidade política de criar instalações suficientes para a administração dos resíduos, mas também aos interesses da máfia local, a Camorra, que administraria depósitos ilegais, muito ativos e lucrativos graças à escassez de depósitos legais. Com um poderoso controle do território e uma forte presença na reciclagem de lixo, a Camorra ganha mais terreno, o que lhe permite incitar protestos contra as empresas de incineração e, ao mesmo tempo, converter a província de Nápoles no maior depósito ilegal de resíduos tóxicos da Europa. A crise do lixo já se arrasta há 14 anos na região, criando tensões entre a Itália e a União Européia, que considera insuficientes os esforços do governo italiano para resolvê-la.
Da Ansa
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