segunda-feira, 28 de julho de 2008

Lampião e Maria Bonita


Lampião ou Virgulino Ferreira da Silva, nasceu em 07 de julho de 1897 na Fazenda Passagem das Pedras (Ingazeira), sopé da Serra Vermelha, Comarca de Vila Bela (atual Serra Talhada), no sertão de Pernambuco, Brasil e era filho dos Ferreiras . Foi o inimigo número um da polícia nordestina, sua vida no crime teve inicio em 1920, para vingar a morte do pai. Roubava, cobrava tributos de latifundiários e assassinava por vingança ou por encomenda. Sua vida de crime teve 18 anos de duração. Quando passava por Santa Brígida (divisa entre Bahia e Sergipe), onde morava Maria Bonita , foi amor à primeira vista da parte dele. Ela já o admirava, devido a suas façanhas, acabou seguindo-o dias depois. Eles eram nômades, sempre acolhidos pelos donos de fazenda, que zelavam pela segurança do bando. Em 28 de julho de 1938 teve fim a vida de Crime de Lampião e Maria Bonita, eles e sua quadrilha caíram em uma emboscada, ambos foram assassinados juntamente com seu bando. A cabeça de Virgulino Ferreira Silva, o Rei do Cangaço (Lampião) foi decepada, e exposta em praça pública.


Saiba mais em
Com pesquisa do AI

2 comentários:

Anônimo disse...

Codinome Lampião

O meu nome é Virgulino
O lagarto nordestino
Ouça bem o que lhe digo
O cangaço é meu quintal
Meu sobrenome é perigo
Vai logo me dando essas moedas
Vai logo rezando á padre Ciço

Foi com Antônio e Levino
Com meus irmãos eu aprendi
Que no cangaço o homem
Tem que ser macho
No cangaço o homem
Não pode dormir

Leão valente e cangaceiro
Macho de todas as maneiras
Foi assim que eu me apresentei
Na tropa do sinhô Pereira

Vendo o sofrimento de meu povo
Nas mãos do crime eu cai
Na casa da baronesa
De água branca eu bebi

Peguei o bicho pelo pescoço
Prendi Antônio Gurgel
Um frio na espinha desceu pelas costas
Me gelando a boca do céu

Numa agonia de dá dó
Foi dois de uma vez só
Perdi Colchete e Jararaca
Na invasão á Mossoró

O calango escondido
Não aceitou a derrota
Mas tive que esperar
Pois Pernambuco, Paraíba
E Ceará, estavam á me caçar

Atravessei o São Francisco
Com cinco cabras na mão
E foi lá na Bahia
Que eu me levantei do chão

Um certo dia escondido
Na fazenda de um coiteiro
Foi lá que eu encontrei
Meu amor verdadeiro

Só tinha um problema
Era a mulher do sapateiro

Fugiu comigo em nome desse amor
Enchendo meu coração de alegria
Maria Déia, cheia de idéia
Flor nordestina


Na caatinga
Debaixo de um umbuzeiro
Nasceu minha filha Expedita
Lindo anjo vindo do céu
Á iluminar minha vida

Com minhas roupas de Napoleão
Feitas pelas minhas mãos de artesão
Apresentei meu bando e minhas cartucheiras
Ás lentes de Abrão

O meu olho que vazava
Dr: Bragança arrancou
Confesso tive medo
Mas não senti nenhuma dor

Meu destino tava chegando
Senti meu peito sangrar
João Bezerra e Aniceto Rodrigues
Vieram me atocaia

Vi cai Quinta-feira
Vi cai Mergulhão
Vi cai Enedina
De joelho no chão

Vi Moeda e Alecrim
No rabo do foguete
Vi cai Macela
Vi cai Colchete

Antes de dar meu último suspiro
Pensei no meu amor
Onde tá Maria Bonita?
Minha amada
Minha flor

Fui Virgulino Ferreira da Silva
Codinome Lampião
Vivi, amei, e morri
Nos braços do Sertão.

Sandro Kretus

O andarilho da terra do fogo
http://recantodasletras.uol.com.br/e-livros/1346801

MahaNagaHari Nam'Das disse...

Bravo!!...
Grande Gênio Poético!
Inigualável... Singular.
Om Tat Sat.
Hanzanghanzan dasa,
by Hanzanghanz'Áctica Cosmic Comuna.