Um ativista separatista da região da Sardenha, na Itália, decidiu pedir o reconhecimento internacional da ilhota de Malu Entu, na costa oeste, rebatizando-a "República Independente de Malu Entu", e baseando-se no princípio de autodeterminação dos povos sancionado na Carta de San Francisco, firmada pela Organização das Nações Unidas (Onu) em 26 de junho de 1945. O caminhoneiro Salvatore Meloni, conhecido como Doddore, de 65 anos, já enviou o projeto para a Onu e seus países membros, assim como ao primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi. "Para qualquer ação que seja tomada contra nós, contataremos o tribunal internacional de Haia", afirmou Meloni na mensagem para o chefe de Estado italiano. Meloni, que há mais de vinte anos vive a maior parte do tempo na ilha de Malu Entu junto com outros separatistas, fará uma ação civil por usucapião do local, que desde 1972, segundo a advogada de Meloni, Maria Vitalia Anedda, pertence à empresa napoletana "Turistica Cabras srl". Em entrevista à revista italiana Panorama, o separatista acrescenta: "Até 2009, planejamos um referendo pela independência da Sardenha, com patrocínio da Onu". Desde julho de 1974 na ilha de 81 hectares, os separatistas ocupam o território como verdadeiros proprietários, cuidando seja da limpeza como da manutenção da área marítima destinada à proteção ambiental, ao norte da ilha. "Existem as bases para reivindicar usucapião", acrescenta a advogada, "porque se trata de um processo pacifico, contínuo e não interrompido por 20 anos".
Ansa
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