O Rio de Janeiro, com quase dois milhões de habitantes residendo em mais de 700 favelas (ou comunidades, como pede a linguagem politically correct) é notoriamente o maior laboratório mundial para as políticas de inclusão social. O livro Favela&Cidade, escrito por 9 estudiosos brasileiros e 2 italianos, trata de analisar por diversos ângulos o complexo e histórico fenômeno da favelização crescente das áreas urbanas da cidade do Rio de Janeiro.Trincheiras de resistência, lugares carentes, desprovidos de infra-estruturas e não assistidos por adequadas políticas públicas, as favelas reivindicam sua inserção permanente no cotidiano da cidade, transformando-a. Os contornos desta “metamorfose” em curso, muito bem descritos em todas as suas facetas por visões italianas e brasileiras, deram vida a uma espécie de “reinvenção” do conceito de favela, da qual este livro pretende ser testemunha. Cultura, direito, religião, urbanismo, criminalidade são alguns dos aspectos abordados por estes analistas, lembrando o alto custo social e o nível de degradação humana e coletiva, mas também procurando rebater estereótipos consolidados, reafirmando a vitalidade e a identidade cultural destas áreas. O lançamento deste livro será a ocasião para discutir o fenômeno, em um seminário que contará também com a projeção do documentário “Le favelas di Rio de Janeiro, una discesa agli inferi” do Prof. Francesco Lucarelli da Universidade “Federico II” de Nápoles.
Temas e participantes:
Temas e participantes:
Legislação urbanística,
Francesco Lucarelli, Professor de Direito Privado da Universidade “Federico II” de Nápoles
Cultura
Cristovão Fernandes Duarte, Professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e do Programa de Pós-Graduação em Urbanismo da UFRJ.
Gestão participativa
Edmilson Brito Rodrigues, Professor da Universidade Federal Rural da Amazônia-UFRA.
Mercado imobiliário
Geronimo Leitão, Professor e diretor da Escola de Arquitetura e Urbanismo da UFF.
Soberania e criminalidade
Jailson de Souza e Silva, Professor do Programa de Pós-graduação em Geografia da UFF e Coordenador geral da Organização da Sociedade Civil “Observatório de Favelas do Rio de Janeiro - OF-RJ”.
Eliana Sousa Silva, Diretora Executiva da Organização da Sociedade Civil “Redes de Desenvolvimento da Maré – Redes”
Religião
Massimo Sciarretta, Doutor em História Contemporânea na Universidade "Federico II" di Nápoles e pós-doutorando em Sociologia da Religião pela UERJ
Urbanização
Pablo Benetti, Professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e do Programa de Pós-Graduação em Urbanismo da UFRJ.
Centro e periferia
Maria Julieta Nunes, Professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ.
Acessibilidade
Luciana da Silva Andrade, Professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e do Programa de Pós-Graduação em Urbanismo da UFRJ.
Circulação
Ricardo Esteves, Arquiteto da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ.
Informações
Data: segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Horários: 17h
Local: Sala Italia do Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro, Av. Presidente A. Carlos 40/4 andar
Organizado por: Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro; UFRJ/PROURB; Università Federico II di Napoli
Entrada livre
Instituto Italiao de Cultura do Rio de Janeiro
Um comentário:
O professor Jailson de Souza e Silva a gente da Secretaria de educação de Nova Iguaçu insinua que os professores de Nova Iguaçu com o salário de um pouco mais de 2 salários mínimos, R$ 1.100,00 reais ganham bem em comparação com os professores do município do Rio de Janeiro que ganham R$ 1.200,00. Qual será a próxima tese a ser defendida face aos cargos comissionados da Secretária de Educação que vão até R$ 9.000,00. E quantos são estes cargos comissionados? Além disto, qual a estratégia da melhoria da educação ao se descomisisonar professores para substituí-los por exemplo por técnicos de enfermagem? Com certeza isto vale um doutorado!
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