O governo italiano aprovou ontem um decreto-lei que libera um pacote de medidas econômicas de 80 bilhões de euros destinado a enfrentar a crise financeira, sobretudo para ajudar famílias e empresas, informou o ministro da Economia, Giulio Tremonti. "Conseguimos fazer algumas coisas positivas sem mudar o plano orçamentário trienal", anunciou o chefe de governo, Silvio Berlusconi. Apesar do pacote, o governo manterá o objetivo de fazer com que a dívida pública fique inferior a 100% do PIB até 2011. O premier declarou que dos 80 bilhões de euros aprovados, 16 bilhões devem ser desbloqueados no próximo Comitê Internacional de Programação Econômica (CIPE). "O conjunto de instrumentos correspondem a um valor de 80 bilhões de euros, porém não são 80 bilhões de novos gastos públicos", destacou Tremonti. O ministro da Economia da Itália não revelou a quantidade de dinheiro destinado às medidas de ajuda a famílias e empresas, porém calcula-se que serão cerca de quatro bilhões de euros. Estas medidas incluem um "bônus" para as famílias de baixa renda de 2,4 bilhões de euros, que serão concedidos em 2009, segundo informou Tremonti, ressaltando que haverá também reduções fiscais para as empresas. O "bônus" extraordinário para famílias, trabalhadores, aposentados e deficientes beneficiará quase oito milhões de pessoas, com 2,4 bilhões de euros. O "bônus" também será destinado às famílias com membros que tenham deficiência física ou mental, com uma entrada anual de até 35 mil euros. "Nosso governo foi o primeiro da Europa que deu apoio aos bancos, às empresas, às famílias", lembrou Berlusconi. Também serão criados fundos para a infra-estrutura escolar, a construção de penitenciárias, de obras de proteção ambiental, museus e atividades de inovação tecnológica. O pacote do governo também será destinado a ajudar pessoas com empréstimos hipotecários a taxas variáveis indexadas. Parte do dinheiro aprovado irá para o investimento no sistema de linhas férreas do país. Além disso, serão congelados os preços de pedágio e passagens de trens em todo o país.
Da Ansa
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