O Governo italiano expressou sua satisfação com o Brasil depois que o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) negou tal estatuto a Cesare Battisti, ex-membro das Brigadas Vermelhas italianas. "Nós respeitamos esta decisão e a apreciamos fortemente", disse em entrevista coletiva realizada no México o ministro das Relações Exteriores italiano, Franco Frattini."Consideramos que Cesare Battisti é um terrorista. A justiça italiana o julgou e o considerou culpado por crimes de terrorismo extremamente graves", disse o titular do Ministério de Exteriores da Itália."As autoridades judiciais italianas solicitaram sua extradição, portanto não posso estar mais que contente por este primeiro passo", acrescentou.O político advertiu de que ainda resta outro passo "que está nas mãos da autoridade judicial brasileira a cujas decisões nós, obviamente, nos submetemos com absoluto respeito".Cesare Battisti, de 53 anos, foi membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), um braço das Brigadas Vermelhas muito ativo na Itália nos anos 70 e responsabilizado por diversos atentados.Battisti sempre negou sua responsabilidade nesses fatos na França, onde viveu refugiado entre 1990 e 2004, quando perdeu direito à condição de asilado político e fugiu ao Brasil, onde foi preso.Atualmente, está detido na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Ele tem um prazo de 15 dias para apelar da decisão adotada pelo Conare.
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