quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Alema critica Berlusconi e Frattini diz que sua posição sobre Gaza é a do governo


Roma, 7 jan, Ansa - O chanceler italiano Franco Frattini declarou nesta quarta-feira em uma sessão plenária da Câmara dos Deputados da Itália que sua posição sobre o conflito na Faixa de Gaza está de acordo com a posição do governo de Silvio Berlusconi. "O problema é o Hamas. Eu disse isso no dia 30 de dezembro e repito hoje", reiterou Frattini dirigindo-se aos que defendem a necessidade de negociar com o Hamas. De acordo com o chanceler italiano, esta também é a opinião de Berlusconi, apesar de o premier não ter se manifestado publicamente a respeito dos acontecimentos na Faixa de Gaza, o que lhe rendeu críticas da oposição. "Entendo quem quer negociar, mas tanto a União Europeia como Israel não o fizeram", declarou o chanceler, ressaltando que "cinco minutos depois do fim da trégua de três horas, o Hamas retomou o lançamento dos mísseis de Gaza sobre Israel". "Acredito que seja o meu dever desenvolver uma linha de ação sobre a qual me ponho de acordo todos os dias com o premier Berlusconi", afirmou Frattini.
Ex-chanceler critica Berlusconi por não se manifestar sobre conflito em Gaza
O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, não se pronunciou publicamente sobre o conflito na Faixa de Gaza, o que despertou a indignação do ex-chanceler Massimo D'Alema, que comentou a postura do premier enfatizando que "cada um faz o que pode fazer". "Neste momento, diante de uma situação tão grave, é justo deixar a iniciativa para quem está em condições de conduzi-la com maior eficácia e apoiar, sem criar obstáculos", acrescentou D'Alema. Em relação ao fato de que o governo italiano tenha deixado que outros países assumissem iniciativas políticas sobre a crise em Gaza, D'Alema afirma: "Talvez seja melhor assim". As críticas de D'Alema foram feitas justamente no dia em que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou que Israel e Palestina aderiram à proposta feita pelo presidente do Egito, Hosni Mubarak, de cessar-fogo na região, após 12 dias de intensos ataques, que causaram a morte de ao menos 670 palestinos.

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